terça-feira, 27 de maio de 2014

SUSPEITO DE MATAR MÃE E FILHA EM ASSENTAMENTO CONTINUA FORAGIDO


Delegado diz que inquérito deve ser concluído nos próximos dez dias
 Divulgação / Carlos Grevi / Marcelo Esqueff

Delegado diz que inquérito deve ser concluído nos próximos dez dias

Já faz 11 dias que Adriano da Conceição de Lima, de 23 anos, está foragido. Ele é o principal suspeito de matar Gilcilene Paes Pereira, de 44 anos, e sua filha, Isabelle Pereira Laurindo, de 10 anos, no Assentamento Zumbi 4, na localidade de Campelo, em Campos. O delegado adjunto da 146ª Delegacia Legal de Guarus, responsável pelo caso, Pedro Emílio Braga, disse que são necessários pelo menos 10 dias a mais para que o inquérito seja concluído.
“Há muitas coisas para serem esclarecidas ainda e, por isso, continuamos ouvindo as pessoas. A investigação está aberta, o que chamamos de instrução de inquérito, com realização de diligências”, disse Pedro Emílio acrescentando que não pode dar detalhes para não atrapalhar a investigação.
Contra Adriano há um mandado de prisão temporária expedido pelo Poder Judiciário na última quarta-feira (21/05). Ele foi visto pela última vez no dia 16, poucas horas depois de o corpo de Gilcilene ter sido encontrado no quintal de sua casa e ser constatado o desaparecimento de sua filha, cujo corpo foi achado quatro dias depois em um tanque para animais beberem água, em meio a um canavial.
“As Polícias Civil e Militar estão averiguando todas as informações sobre o paradeiro do suspeito, mas todas caíram por terra. A prisão dele é primordial para esclarecer muitas lacunas abertas no inquérito”, disse o delegado.
Denúncias sobre o paradeiro de Adriano podem ser feitas através do Disque-Denúncia da Polícia Militar (22) 2723-1177 ou da Polícia Civil (22) 2735-4318, ambas em Campos. Acreditando na possibilidade de o suspeito ter fugido para cidades e estados vizinhos, os dados do criminoso foram incluídos no Portal de Procurados e denúncia também pode ser feita pelo (21) 2253-1177 ou pelo WhatsApp (21) 96802-1650.
RELEMBRE O CASO
O corpo de Gilcilene Paes Pereira foi encontrado no quintal da casa pelo marido, U.F.B.L., por volta das 18h30, do dia 15 deste mês, com marcas de pauladas e facadas. Na ocasião, foi constatado o desaparecimento da filha dela, Isabelle Pereira Laurindo, de 10 anos.
menina foi encontrada morta em um tanque para animais beberem água em meio a um canavial, quatro dias depois. O corpo apresentava estado avançado de decomposição e um trauma no crânio, o que segundo especialistas pode ter sido causado por uma ação contundente, que pode ser uma pancada com pedra, pedaço de madeira ou ferro.
Familiares de Isabelle chegaram a dizer que o principal suspeito se dizia apaixonado pela menina e que iria ficar com ela de qualquer jeito. Os crimes chocaram os moradores do assentamento Zumbi 4, assim como as Polícias Civil e Militar que somaram esforço nas buscas e tentativa de prender o suspeito. Mãe e filha foram enterradas no cemitério de São Francisco de Itabapoana.
A investigação inicial da Polícia Civil apontava duas hipóteses para o crime: uma é que segundo relato do marido da vítima, o amigo de Adriano já teria tido problemas com Gilcilene [motivo não foi revelado], porém, segundo o delegado, tudo indica que seja por causa de disputa de terra, e sendo assim teria um "mentor" e um "executor". A outra hipótese seria de crime de suposta conotação sexual.
Com base nesse trabalho,Gelson Câmara Barreto, de 51 anos, apontado como amigo de Adriano e possível partícipe do crime, foi preso por força de um mandado de prisão temporária na última quarta-feira (21/05). Na casa dele foi apreendida uma Honda Biz de cor preta com manchas de sangue.
Na casa do pai [J.B.L] do suspeito, que também foi preso por porte ilegal de arma, já que durante ação da polícia na tentativa de localizar Adriano, foram apreendidas uma garrucha calibre 22, um revólver calibre 32, cinco munições de calibre 38, seis de calibre 32, sendo uma deflagrada, dois cartuchos de calibre 12, além da uma calça, blusa e um tênis todos sujos de sangue. 
PEÇAS TÉCNICAS DO INQUÉRITOTambém no local, onde Gilcilene foi encontrada morta, foi apreendido um pedaço de madeira com fios de cabelo da vítima e outros pequenos pedaços da mesma madeira, encontrados próximo a cabeça da mulher, além de lâminas quebradas que aparentava ser da faca utilizada para esfaquear a vítima. Todo material foi encaminhado para análise e laudo integrará o inquérito que será concluído na próxima semana. 
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Fonte: URURAU

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