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A jovem foi encontrada morta com marcas de perfurações e agressão física no dia 29 de junho, dentro do banheiro da lavanderia onde trabalhava, que fica na Avenida Belo Horizonte, no bairro Itapoã, em Vila Velha.
A audiência começou às 14h30 e terminou com a condenação de Leandro. "Não havendo outras circunstâncias legais a serem analisadas, fixo a pena definitiva em 20 (vinte) anos de reclusão, e no pagamento de 10 (dez) dias multa", diz a decisão do juiz.
O advogado de acusação, Waldyr Loureiro, comentou a rapidez na decisão. "A sentença foi muito rápida, o juiz foi muito probo, nós aguardávamos uma demora maior, mas felizmente foi tudo muito rápido. O próprio réu confessou o crime, a questão da violência usada, empregada naquela situação. Foi muito bárbaro o crime", disse.
Leandro Matheus Marins foi condenado por latrocínio. "Foi considerado roubo seguido de morte. O crime de latrocínio começa com pena de 20 anos, um crime hediondo, e acredito que o acusado vai ficar bastante tempo na cadeia", falou o advogado.
Antes da audiência começar, familiares de Luiza foram para a porta do Fórum de Vila Velha para protestar. Eles levaram cartazes e vestiam camisas com a foto da jovem.
Família e imprensa foram impedidos de entrar na audiência de instrução e julgamento. A mãe da universitária foi a única pessoa que o juiz liberou a entrada.
Confissão Segundo a polícia, Leandro confessou o crime na época da prisão. A polícia chegou até ele através de imagens de videomonitoramento, que o flagraram rondando a região e entrando no local do crime no horário em que Luiza foi morta.
Leandro é casado com uma ex-funcionária da lavanderia e disse ao delegado que foi ao local para pegar o telefone do dono do estabelecimento, mas Luiza negou. Ele deixou a lavanderia e retornou minutos depois, para pedir o telefone do proprietário mais uma vez.
Diante da segunda negativa de Luiza, ele matou a funcionária. "Ele pediu que ela buscasse uma sombrinha e um chinelo da mulher dele, ex-funcionária da lavanderia. Quando Luiza foi ao banheiro buscar o objeto, ele se aproveitou e deu uma gravata nela".
Leandro usou um fio de ventilador para enforcar a vítima e depois, com um objeto perfurante, golpeou o pescoço dela.
Leandro ainda contou à polícia que, depois do crime, voltou para o serviço e trabalhou normalmente. Ele disse que tinha usado drogas na noite anterior ao assassinato e que se arrepende do crime.
Motivação
Questionado sobre o motivo da ida até a lavanderia, Leandro disse à polícia que foi a pedido da dona da loja em que trabalhava. Ela teria pedido que ele negociasse com a lavanderia um preço menor para a lavagem dos uniformes da empresa. Entretanto, a proprietária foi questionada pela polícia e negou a versão do suspeito.
A polícia acredita que, na verdade, Leandro foi até a lavanderia cobrar o pagamento referente à rescisão de contrato da esposa. "A motivação, ao que tudo leva a crer, foi esse desentendimento com a Luiza, quando ela não quis passar o telefone, somado ao estado alterado dele", disse o delegado Janderson Lube.
O suspeito agora é investigado por homicídio qualificado, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. Crime
A vítima estava sozinha e teve o celular levado pelo suspeito, que trancou a porta depois do crime, segundo a polícia. Duas câmeras de segurança que poderiam registrar o criminoso não estavam funcionando.
A jovem Luiza Mariano da Silva tinha 23 anos de idade, era estudante de psicologia da UVV e trabalhava na lavanderia, sozinha, há dois meses. Ela nasceu em São João da Barra, no Norte do Rio de Janeiro.
Relato do tio da vítima
O assessor Cezar Mariano, tio da vítima, disse para a reportagem da TV Gazeta que no dia do crime a sobrinha saiu cedo de casa e foi trabalhar. No horário de almoço, a mãe foi levar marmita para Luiza, bateu na porta e ela não atendeu.
Como a porta estava trancada e a jovem não atendida ao celular, a mãe chamou o tio. Cezar chegou à lavanderia, tentou abrir a porta e, em seguida, chamou um chaveiro.
Quando a lavanderia foi aberta, o tio encontrou a jovem morta. A equipe do Samu informou aos PMs que a mulher estava com marcas de agressões e facadas, dentro do banheiro.
O tio de Luiza, Cezar Mariano, falou com a reportagem da TV Gazeta e disse que, dias antes de ser morta, a jovem tentou evitar um assalto na lavanderia e foi ameaçada pelo criminoso.
Luiza havia dito ao tio que um homem, descrito por ela como um "nóia", tentou roubar, dias antes, um cliente dentro da lavanderia. O assaltante iria levar a sacola do cliente e ela impediu. Ao ser impedido de cometer o crime, o homem disse que voltaria para matar a jovem. Este caso não foi confirmado pela polícia.
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