Delegado rebate MPE e diz que foi feito registro de crime de tortura
Carlos Grevi
Ele garante que caso foi registrado de número 05271/2013 no dia 27 de junho
Após o Ministério Público Estadual (MPE) divulgar na tarde desta quarta-feira (24/07) a prisão de doissuspeitos de torturar três pessoas, sendo dois adolescentes um maior de idade, e também relatar que um inspetor da Polícia Civil teria se recusado a fazer o Registro de Ocorrência (RO), o delegado titular da 134ª Delegacia Legal, Geraldo Assed procurou a equipe doSite Ururau para esclarecer que a informação é inverídica e que ficou surpreso ao tomar conhecimento dos fatos através do site. O Registro de Ocorrência número 134.05271/2013 foi feito no dia 27 de junho deste ano.
Na nota, o delegado disse: “Causou-me surpresa ao ler a matéria da prisão de dois nacionais pela prática de crime de tortura, onde foi mencionado que a mãe da vítima veio a esta delegacia e não foi feito o registro, pois possivelmente o inspetor responsável pelo registro conhecia os envolvidos, citando ainda um telefonema de um ex-vereador”, diz o texto que segue:
Geraldo Assed ressaltou “Por fim que quanto a qualquer ingerência ou pedido de políticos em minhas gestões as mesmas são imediatamente rechaçadas, pois trabalho de forma independente e sem ingerências. Mais uma vez lamentando a inveracidade das informações que acabam por denegrir a imagem da Polícia Civil”, finalizou.
Durante a coletiva a promotora Renata Felisberto citou que dias depois, a mãe de um dos menores teria comparecido à 134ª Delegacia Legal (Centro), na tentativa de registrar a ocorrência. Ela teria recebido ligações de um ex-vereador e ex-presidente da Câmara, pedindo para que esquecesse o caso e o conheceria por conta de campanhas políticas. A mãe apresentou o celular contendo as ligações que, segundo a promotora, podem ser do ex-vereador.
Segundo a promotora, a mãe da vítima teria relatado que na delegacia, ela teria ouvido que ela mesma deveria investigar a autoria do crime, o que a levou a crer que o inspetor conheceria as partes envolvidas.
Inconformada, a mãe, juntamente com familiares das demais vítimas, buscou o auxílio do Ministério Público Estadual.
“Eles foram na delegacia e lá na delegacia estava com suspeita de que não ia registrar ou ia registrar de uma outra forma. A mãe de uma das vítimas disse que o inspetor chegou e falou que não ia registrar nada, que quem tinha que investigar era a mãe. Quem era pra saber, quem era o autor do crime era a mãe, que ele não ia investigar nada. Então dando a entender que ele conhecia o autor”, disse a promotra.
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