Dos sete jurados, quatro votaram a favor da condenação.
Serão 12 anos pela morte do policial, e mais um pelo roubo da arma dele.
O travesti Jhon Wener Reco Alves de Araújo, de 24 anos, acusado de matar o policial rodoviário federal João Miguel do Sacramento a tiros na Mata da Praia, em Vitória, foi condenado a treze anos de prisão, depois de ir a júri nesta quinta-feira (26). Dos sete jurados, quatro votaram a favor da condenação . Ele estava preso no Centro de Triagem de Viana e agora irá cumprir pena no Presídio de Segurança Média I, no mesmo município.
O policial rodoviário federal foi encontrado morto dentro de um carro parado na Rua José Pinto da Silva, no bairro Mata da Praia, na manhã do dia 30 de março de 2014. A vítima foi vista por moradores, que avisaram a polícia. Ele estava nu e tinha perfurações de bala, segundo a polícia. Pertences da vítima, como roupas e carteira com dinheiro, estavam no veículo, mas a arma do feredal não foi encontrada.
O julgamento aconteceu no Fórum de Vitóriae durou quase sete horas. O acusado foi informado que teria o direito de recorrer da decisão do tribunal, mas disse à Justiça que não irá fazer o pedido. Ele também não quis comentar a condenação, mas pediu que fosse transferido de presídio por questões de segurança, alegando que está sendo ameaçado por outros presos.
A família da vítima, que acompanhou o julgamento, disse que não ficou satisfeita com o resultado. Uma das irmãs do policial chegou a se exaltar. "Não foi feita Justiça. Isso não é Justiça. Como pode uma pessoa matar um homem de bem, pai de família? Ele não vai ficar nem quatro anos preso. É um pesadelo, isso", falou.
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O presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, José Oliveira, também contestou o resultado da setença. "Ele pegou a menor pena. Isso não pode. Deveria ter pegado a maior pena, já que matou covardemente Miguel. Não tinha como ele se defender", falou.
Pena
De acordo com o juíz Vitor Pimenta, da 1ª Vara Criminal de Vitória, a pena de Wener será de 12 anos pela morte do policial e de mais um ano pelo furto da arma da vítima. O acusado, que prestou depoimento por três horas, contou em testemunho que vendeu o revólver a um traficante de Vitória. De acordo com a polícia, a vítima foi morta com a própria arma pelo travesti.
De acordo com o juíz Vitor Pimenta, da 1ª Vara Criminal de Vitória, a pena de Wener será de 12 anos pela morte do policial e de mais um ano pelo furto da arma da vítima. O acusado, que prestou depoimento por três horas, contou em testemunho que vendeu o revólver a um traficante de Vitória. De acordo com a polícia, a vítima foi morta com a própria arma pelo travesti.
Os debates entre a defesa e acusação aconteceram durante a tarde desta quinta-feira. Todas as testemunhas foram liberadas pelo juíz. Por volta das 17h, saiu o resultado da condenação do travesti.
Crime
Peritos criminais que avaliaram o corpo da vítima, na época do crime, encontraram quatro perfurações no corpo do policial: duas no lado esquerdo, próximas ao pescoço, uma no lado esquerdo do rosto, perto do nariz e outra na testa. Na tarde do dia do crime, a polícia prendeu Jhon Wener, também conhecido como John Lennon. Ele foi visto pelas câmeras de vigilâncias dos prédios vizinhos e reconhecido por uma testemunha.
Peritos criminais que avaliaram o corpo da vítima, na época do crime, encontraram quatro perfurações no corpo do policial: duas no lado esquerdo, próximas ao pescoço, uma no lado esquerdo do rosto, perto do nariz e outra na testa. Na tarde do dia do crime, a polícia prendeu Jhon Wener, também conhecido como John Lennon. Ele foi visto pelas câmeras de vigilâncias dos prédios vizinhos e reconhecido por uma testemunha.
Na época do crime, o acusado chegou a negar que tinha cometido o crime, mas foi indiciado por homicídio qualificado. No dia 10 de abril de 2014, ele confessou o assassinato e o inquérito foi encerrado. Para a polícia, o motivo do crime foi um desentendimento em relação ao valor do programa.
* Com colaboração de Tiago Félix, da TV Gazeta
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