quarta-feira, 25 de março de 2015

Posto de combustível sofre 60º assalto em sete anos no ES


Comerciante de Linhares diz que tem dificuldade em contratar funcionários.
Câmeras de segurança registraram um dos assaltos.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta *
Os proprietários de postos de combustíveis instalados às margens da BR-101, no Espírito Santo, estão enfrentando problemas com a violência. Em um dos estabelecimentos em Linhares, no Norte do estado, o proprietário contou que foi alvo dos criminosos 60 vezes em sete anos. Apesar de confirmarem que há policiamento no local, os comerciantes vivem com o sentimento de insegurança, encontrando dificuldades até para contratar funcionários que, por medo, não preferem não ocupar as vagas.

De acordo com o proprietário do posto localizado no distrito de Rio Quartel, que preferiu não ser identificado, as ações criminosas na região são comuns. Na maiorias das vezes, os suspeitos agem à noite, armados e levam todo o dinheiro disponível nos caixas. Neste estabelecimento, somente nos primeiros meses de 2015, foram registrado quatro assaltos. Para tentar reduzir as ocorrências, ele optou pela instalação de câmeras de videomonitoramento.
Essa também foi uma das alternativas encontradas pelo empresário Cristiano Trivilim, proprietário de um outro posto, localizado no distrito de Jacupemba, em Aracruz. Ele, que também já teve prejuízos por conta da violência, reclamou que a legislação ainda é ineficaz em muitos casos. "O policiamento faz a parte dela, eles trabalham até demais. Só que eles vêm, prendem. Ele [o cirminoso vai para a delegacia e às vezes não fica. É impunidade. A lei está atrasada", disse.
As câmaras instaladas no estabelecimento registraram um dos crimes, envolvendo dois suspeitos neste ano. A dupla chega ao local e pede para encher um galão com gasolina. Assim que o funcionário entrega o combustível, um deles saca a arma, rendem as vítimas e levam todo o dinheiro.
O frentista Fernando Gomes contou que já foi passou por essa situação três vezes. "Sempre com arma apontada pra gente. Já teve companheiro da gente que foi ameaçado, já teve companheiro da gente que tomou tiro no braço e outro na barriga. É muito medo porque a gente não sabe se daquela arma pode sair um tiro na gente. Acidental, mas pode sair e pode matar", disse.
Com medo da insegurança, os donos não estão conseguindo contratar novos funcionários. "Mais de 10 funcionários desistiram de trabalhar. Muitos estão trabalhando ao dia. O cara tem família, tem medo se sente ameaçado. Ninguém quer trabalha à noite mais", declarou Cristiano Trivilim.
* Com informações de Ariele Rui, da TV Gazeta.

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