quarta-feira, 25 de março de 2015

Em Campos, chileno pede ajuda para trabalhar e voltar para o país


Imigrante veio ao Brasil para a Copa do Mundo em 2014 acompanhar a seleção chilena
 Daniela Abreu

Imigrante veio ao Brasil para a Copa do Mundo em 2014 acompanhar a seleção chilena

O Brasil é um lugar muito rico em diversidades, cultura e beleza e quem vem para cá acaba se apaixonando pelo país. Foi exatamente o que aconteceu com o chileno Rodrigo Alberto Morales Fernández, de 42 anos, que veio para a Copa do Mundo em 2014 acompanhar a seleção chilena e decidiu ficar. A questão é que com o passar do tempo o imigrante percebeu que as maravilhas que o país oferecia, não eram tão boas assim e agora quer voltar para o país de origem e para isso ele deseja trabalhar para juntar dinheiro.
Passado o mundial, Rodrigo foi para o Espírito Santo, trabalhar como garçom, onde teria sido lesado em uma pizzaria, que não teria cumprido o prometido quanto ao salário, e lá o chileno foi orientado a vir para Campos, acreditando que conseguiria um bom emprego. Na cidade, há dez dias, Rodrigo não consegue trabalho. Ele está na Casa de Passagem, ligado à secretaria de Ação Social, onde tem se alimentado e passado as noites.
“Estou passando por muita coisa. No Espírito Santo prometeram mil coisas e não cumpriram. Estou dia por dia nessa caminhada tentando emprego para ir embora. Estou na Casa de Passagem da prefeitura e lá tenho alimentação, eles até tentaram me dar a passagem, mas a lei federal não permite”, ressaltou Rodrigo.
Natural de Puerto Aise na Patagônia, o chileno disse que já foi ao Balcão de Empregos, a rádios, a várias igrejas, e onde mais as pessoas indicam a procura de trabalho, mas a maioria das respostas é negativa. Rodrigo faz questão de frisar que ele está tentando conseguir o dinheiro por meio digno.
“Eu quero qualquer trabalho e não tenho preferência. Não estou pedindo dinheiro, estou pedindo emprego, que é digno do ser humano”, ressalta o chileno dizendo que sente muita falta da família e da cultura.
Para ele a diferença cultural é muito grande e o que mais tem causado estranheza no Brasil é a desigualdade social, além da violência. “A diferença social aqui é muito grande. Na minha cidade as pessoas vivem bem, todas elas, não tem isso de diferença, todo mundo se ajuda. Podemos dormir com a porta aberta que não tem problema”, destaca. Outra grande diferença apontada por Rodrigo é o clima. Em Puerto Aise, uma vila de pescadores que tem cerca de 25 mil habitantes, o clima no verão é de 15 graus.
Rodrigo é cozinheiro, garçom e mestre e trabalha em cruzeiros internacionais de empresas do Chile. Ele disse que não se opõe a trabalhar em nenhum lugar e aceita também trabalhos freelancers.
Os interessados em ajudar Rodrigo podem entrar em contato com o Site Ururaupelos contatos 3012-2020 ou 99882-4858.

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