Ururau / Arquivo
Pesquisa foi divulgada no portal da Aneel e empresa ficou entre as cinco piores do país
O que os consumidores de todo o estado tem sentido na ponta, com a mal prestação de serviço ao longo dos anos, foi evidenciado com pesquisa divulgada Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontando a distribuidora de energia Ampla sendo considerada pelos consumidores como a pior da região sudeste. O fato foi apontado pela Aneel em pesquisa de qualidade do serviço prestado por todas as concessionárias do país.
Disputando com outras 35 distribuidoras, a Ampla ficou na 32ª posição do ranking, ficando entre as cinco piores do país. Recentemente, a concessionária divulgou o pedido de reajuste nas contas de energia elétrica de 56,05%, a partir do dia 15 de março. Este fato contribuiu para a má avaliação da empresa, já que esse valor é 30% maior do que as outras empresas de energia da região, que solicitaram um aumento de 20%.
A pesquisa da Aneel avaliou todas as empresas durante o período de janeiro a dezembro de 2014. A classificação foi dividida em dois grupos, uma de empresas de grande porte, na qual a Ampla está incluída, e outra de pequeno porte. A pesquisa foi feita tomando como base o número de horas em que os consumidores ficaram sem abastecimento de energia e quantas vezes a distribuição foi interrompida.
As reclamações em todo o estado estão mobilizando deputados estaduais. Neilton Mulim (PR), de São Gonçalo promoverá no próximo dia 17, na Assembleia, um debate sobre a execução e qualidade dos serviços prestados pela Concessionária.
Já o deputado Jânio Mendes (PDT), entrou com uma representação contra a Ampla no Ministério Público do Estado (MP-RJ) contra a requisição de reajuste que a concessionária fez à Aneel. “Na representação alego que a prestação de serviço é deficitária aos municípios por ela atendidos, como vimos no caso dos moradores de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, que ficaram 120 horas sem energia. A concessionária já pratica uma tarifa quilowatt-hora superior a da Light, que pediu reajuste de 22,5%, enquanto a Ampla pede um aumento de 56,05%. Se este reajuste for concedido, a Ampla teria a tarifa de energia mais cara do país, cobrando R$ 0,60 por quilowatt-hora.”
Em nota, a Ampla informou que não foi notificada oficialmente sobre a representação mencionada. A distribuidora acrescentou que o índice do reajuste tarifário anual da companhia será definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima semana, com aplicação a partir do dia 15 de março.
A concessão da empresa termina em dois anos, quando haverá um novo processo de licitação.
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