Carioca morre após acidente de esqui na Argentina e família relata dificuldades para retirar corpo

O corpo do carioca Robson Cilaberry dos Santos, que morreu na última terça-feira (8) após um acidente de esqui, está há uma semana retido na Argentina, enquanto a família aguarda trâmites burocráticos para fazer o translado para o Rio. O universitário, de 25 anos, estava de férias em Ushuaia com o irmão quando sofreu um acidente. A família alega que o governo argentino não presta esclarecimentos necessários sobre a atual situação do jovem.

O G1 conversou com a irmã de Robson, Danielle Duarte, e ela contou que ele foi socorrido em um posto de atendimento na estação de esqui. Em seguida, o carioca foi levado diretamente para o hotel sem fazer exames. O estudante morreu dois dias depois enquanto dormia.

“Meus dois irmãos foram para Ushuaia no dia 2 para esquiar. Eles chegaram no dia 2 e no dia 6 meu irmão caiu na estação de esqui. Ele foi levado para o posto de atendimento e lá só mediaram a pressão e batimento cardíaco dele. Ele falou que estava com dor e deram um analgésico para aliviar. Em vez de levarem para um hospital, deixaram ele no hotel de ambulância”, contou Danielle ao G1.

“No dia 7, eles foram jantar e depois foram dormir. Depois disso ele dormiu e não acordou mais. Na terça-feira, meu outro irmão foi acordar ele e não conseguia. Ele conferiu o batimento e não tinha batimento nenhum. O médico da perícia disse que ele deve ter desmaiado de dor e não deu tempo de pedir socorro. O que foi constatado é que uma costela quebrou e uma artéria ficou pressionada e não passava sangue para o coração”, completou.  A família disse ainda que não recebeu nenhuma informação concreta sobre a chegada do corpo de Robson. A previsão é que o translado chegasse nesta terça-feira (15), mas a data foi anulada e a nova previsão é sexta-feira (18). A irmã de Robson afirmou que se sente desrespeitada com toda a situação.

“O governo argentino zero prestou ajuda, eles estão se omitindo o tempo inteiro. Eles estão tratando como uma mala que foi extraviada. Já tem muita dor envolvida para a gente, só queremos resolver isso. Meu irmão é muito amado para o corpo dele ficar lá sozinho. Eu me sinto muito desrespeitada, não parece nem que é uma pessoa que está lá”, disse Danielle.

O Ministério das Relações Exteriores informou que está em contato com a família de Robson e acompanha os trâmites do translado do corpo. Ainda de acordo com o Itamaraty, as ações não podem se sobrepor à soberania das regras e leis locais de outro país. Desde o período da morte do jovem houve eleições gerais que atrasam os trâmites policiais.