Quadrilha é presa após PF achar malas com R$ 2 milhões em dinheiro falso no ES

Quatros suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha de estelionatários foram presos, nesta quinta-feira (31), após a Polícia Federal apreender cinco malas com R$ 2 milhões em dinheiro falso, em um apartamento, em Vila Velha, Espírito Santo, durante a "Operação Engodo".

As malas com as notas falsas foram apreendidas no apartamento de um dos investigados. Os quatro detidos moram em Vila Velha e nenhum deles disse ter algum trabalho regular, segundo a Polícia Federal.

O golpe

O golpe acontecia quando um dos investigados se apresentava a pequenos empresários com o nome falso de Fabio Rezende, dizendo ser assessor parlamentar no Senado. Cartões de visita com esse nome foram apreendidos pela polícia. Eles usavam o brasão do Governo Federal.  O criminoso dizia que tinha uma proposta comercial vantajosa, mas o negócio só poderia acontecer após o pagamento de uma comissão para ele.

Na sequência da negociata, os comparsas do falso assessor se apresentavam como investidores, que contratariam e pagariam pelo serviço.

Quando a negociação terminava, enquanto o estelionatário recebia dinheiro verdadeiro na comissão, os falsos investidores entregavam para a vítima uma mala cheia de dinheiro falso.

Uma das vítimas ouvidas pela polícia contou que acreditava que trabalharia na fabricação de móveis de um grande empreendimento. "A vítima disse que seria contratata para prestar um serviço, mas antes ele precisaria pagar uma comissão antes do serviço ser pago", explicou o delegado da Polícia Federa, Ramon Almeida da Silva. Outras vítimas ainda serão ouvidas. Por enquanto a polícia já identificou outras três, mas que ainda não tinham fechado o "negócio" com a quadrilha.

As ofertas feitas pelos criminosos variavam entre R$ 250 mil a R$ 500 mil, dependendo do caso.

Há indícios que o grupo seja o responsável pela falsificação de dinheiro que circulou no Espírito Santo em 2016.

Presos pelo mesmo crime

A Polícia Federal também explicou que as quatro pessoas presas já tem passagens pela polícia, entre os anos de 2014 e 2016. Em 2015, um dos detidos foi preso em Brasília com meio milhão em notas falsas. Outro foi preso em Vitória da Conquista pelo mesmo crime.