domingo, 27 de agosto de 2017

Empresário da Operação Caça-Fantasma planejou até matar juiz


26/08/2017 07h57 | Foto: Reprodução/TV Globo
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), prendeu esta semana, Fernando Trabach Gomes Filho, filho do empresário Fernando Trabach Gomes. Ele foi detido enquanto visitava o pai, que está preso desde o dia 7 de agosto no Batalhão Especial Prisional em Benfica, zona norte do Rio.
Fernando Trabach Gomes Filho é acusado por pratica de crime de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, tendo a prisão sido decretada porque retirou caixas de pertences da residência de seu pai, de madrugada, logo após terem sido presos Fernando Trabach e Monica Lima Barbosa na primeira fase da Operação Caça-Fantasma. De acordo com a denúncia, ele foi até a residência do casal, no Condomínio Golden Green na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e retirou objetos e elementos de prova, como escrituras e documentos. Na manhã seguinte, o MPRJ cumpriu mandado de busca e apreensão no imóvel, mas a ação foi prejudicada por Trabach Filho. Por isso, o GAECC/MPRJ entendeu que a liberdade dele pode gerar ainda mais riscos à instrução criminal e ao processo.
O empresário Fernando Trabach Gomes é apontado como líder de uma organização criminosa e responsável por usar UM ” fantasma” chamado George Augusto Pereira da Silva, com o objetivo de cometer crimes licitatórios e contra a ordem tributária. O “fantasma” foi usado para vencer licitações em vários municípios do Estado, figurou como sócio de dezenas de empresas e outorgante de procurações para atuação junto a bancos, cartórios e prefeituras.
Gravações autorizadas pela Justiça revelaram intenção de Fernando Trabach de atentar contra a vida  um juiz trabalhista de Maricá. Nos áudios, o empresário, considerado pelo MPRJ como “pessoa de elevada periculosidade e com influência política”, conversa com sua advogada e cogita agir para que o juiz sofra um “acidente automobilístico”, após o juiz ter condenado uma das empresas a pagar uma indenização trabalhista.  Nas gravações, ele afirma: “se nós não conseguirmos tirar as ações de lá eu vejo que aí eu realmente vou ter que tomar outra atitude. Nem que seja arrumar um jeito do juiz bater o carro”. O empresário também costumava referir-se aos magistrados de Maricá e de Itaperuna como “bandidos, ladrões e corruptos”.
Além de Trabach Gomes, Trabach Filho e de Mônica Barbosa, também já foram presos na operação Caça-Fantasma os advogados Geraldo Menezes de Almeida e Marcos José Laporte de Souza. Centenas de documentos foram apreendidos.
Fonte: Ascom MP-RJ

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