domingo, 27 de agosto de 2017

Pai de PM morto no RJ diz que criminosos executaram sargento porque descobriram que ele era policial

Sargento foi morto em São João de Meriti neste sábado (26) (Foto: Reprodução / TV Globo)Muito abalado, o pai do sargento Fábio Cavalcante e Sá, morto neste sábado (26) em local próximo ao Largo do Guedes, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, lamentava muito a morte do filho neste domingo durante o velório.
"Eu perdi um filho que eu amava", afirmou o pai do sargento. Ele, que presenciou a morte do filho, foi taxativo ao afirmar que se tratou de uma "execução", e disse ainda que ouviu os criminosos dizerem: "Mata, mata! É PM".
O policial foi o centésimo militar da corporação assassinado em 2017, a maior média em mais de 10 anos. Neste domingo (27), o sargento seria enterrado no Cemitério Nossa Senhora do Belém, em Duque de Caxias, também na Baixada.Corpo de policial é velado em cemitério de Caxias, na Baixada Fluminense (Foto: )
Com os olhos marejados, o pai de Fábio lamentou a morte do filho, aos 39 anos, e classificou a violência no Rio de Janeiro como "insuportável". "Como eles podem deixar isso acontecer?", indagou.  De acordo com parentes do policial, o soldado estava de folga e sem farda em um local próximo à casa de familiares, que costumava ir regularmente. Os criminosos teriam chegado em um carro e tentaram assaltar o PM, mas perceberam que ele estava armado e dispararam mais de 30 vezes. Cerca de 11 tiros o atingiram.  A principal testemunha do assassinato é o pai do sargento, que viu toda a ação. Ele chegou a pedir para os bandidos não atirarem no filho. Outra pessoa que presenciou o crime descreveu a cena como "uma guerra". Depois dos disparos, os criminosos ainda roubaram a arma e todos os outros pertences do policial.
O PM chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense realizaram perícia no local do crime e recolheram várias cápsulas que ficaram no chão.
O segundo sargento Fábio Cavalcante trabalhava há mais de 15 anos na Polícia Militar e deixa esposa e um filho de oito anos. O corpo do sargento foi sepultado às 14h30.

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