"Eu perdi um filho que eu amava", afirmou o pai do sargento. Ele, que presenciou a morte do filho, foi taxativo ao afirmar que se tratou de uma "execução", e disse ainda que ouviu os criminosos dizerem: "Mata, mata! É PM".
O policial foi o centésimo militar da corporação assassinado em 2017, a maior média em mais de 10 anos. Neste domingo (27), o sargento seria enterrado no Cemitério Nossa Senhora do Belém, em Duque de Caxias, também na Baixada./i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/Y/z/CmbTgzRZypqjqDvd1OuA/cemiterio-caxias2.jpg)
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Com os olhos marejados, o pai de Fábio lamentou a morte do filho, aos 39 anos, e classificou a violência no Rio de Janeiro como "insuportável". "Como eles podem deixar isso acontecer?", indagou. De acordo com parentes do policial, o soldado estava de folga e sem farda em um local próximo à casa de familiares, que costumava ir regularmente. Os criminosos teriam chegado em um carro e tentaram assaltar o PM, mas perceberam que ele estava armado e dispararam mais de 30 vezes. Cerca de 11 tiros o atingiram. A principal testemunha do assassinato é o pai do sargento, que viu toda a ação. Ele chegou a pedir para os bandidos não atirarem no filho. Outra pessoa que presenciou o crime descreveu a cena como "uma guerra". Depois dos disparos, os criminosos ainda roubaram a arma e todos os outros pertences do policial.
O PM chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense realizaram perícia no local do crime e recolheram várias cápsulas que ficaram no chão.
O segundo sargento Fábio Cavalcante trabalhava há mais de 15 anos na Polícia Militar e deixa esposa e um filho de oito anos. O corpo do sargento foi sepultado às 14h30.
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