Carlos Grevi / Mauro de Souza / Divulgação
Em Campos, caixas eletrônicos são constantes alvos de bandidos
Caixas eletrônicos têm sido constantes alvos de bandidos em todo o país. Em Campos, por exemplo, em menos de 30 dias, três caixas eletrônicos foram arrombados, em pontos distintos. O caso mais recente foi no Mercado Municipal, onde o vigilante foi feito refém por bandidos.
O primeiro arrombamento foi registrado no dia 31 de janeiro, na secretaria de Saúde do município. Na ocasião, cerca de 10 suspeitos amarraram e fizeram refém os funcionários, mas não conseguiram levar nenhuma quantia em dinheiro. Já o segundo caso, aconteceu naFaculdade de Medicina de Campos e os suspeitos desistiram da ação, ao avistarem os policiais.
Pela proposta, que foi discutida nesta quinta-feira (26/02), em Brasília, em reunião do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com os secretários de Segurança, a pena para o crime de furto qualificado com uso de explosivo, que atualmente varia de três a seis anos, seria equiparada à sanção aplicada ao roubo qualificado, com pena de seis a 12 anos de reclusão.
“Se houver acordo, o governo federal encaminhará o projeto ao Congresso, no início da semana que vem, com o compromisso do deputado Eduardo Cunha (presidente da Câmara) de incluí-lo na pauta (de votação) na próxima semana. Há uma possibilidade de consenso, porque já avançamos muito, discutimos os textos com os secretários anteriores. Há novos secretários, governos e temos que consultá-los”, disse Cardozo.
“Queremos uma nova qualificação do crime de furto que estabeleça pena de cinco a 12 anos de reclusão, a mesma para roubo qualificado, já que houve essa migração do roubo para o furto com explosivo”, disse Moraes.
“Hoje, geralmente, o juiz fixa a pena mínima, o criminoso começa no regime aberto e não fica nem preso. Tivemos um caso em São Paulo, em janeiro, em que a polícia prendeu três indivíduos, que foram colocados em liberdade, porque eram primários. Dez dias depois, prendemos os mesmos infratores explodindo outro (caixa eletrônico)”, relatou o secretário paulistano.
Além do endurecimento das penas, os secretários avaliam que os bancos devem estender a todos os caixas eletrônicos de fácil acesso, principalmente aqueles instalados nas ruas, medidas de segurança, como o georreferênciamento e a instalação de dispositivo que mancha as notas de tinta e libera fumaça em caso de ataque.
Na reunião de hoje, o ministro da Justiça e os secretários decidiram criar um grupo de trabalho, com a participação do Ministério da Defesa, para discutir a atualização do decreto presidencial que regulamenta a fabricação e comercialização de material explosivo no país. Uma das propostas apresentadas pelos representantes dos estados é a proibição da fabricação das chamadas bananas de dinamite.
A ideia, é que o artefato seja substituído gradualmente por um mecanismo eletrônico para provocar explosões. “Há necessidade de uma fiscalização mais rígida, desde a produção, passando pelo transporte, até o armazenamento. Porque hoje, a fiscalização deixa muito a desejar”, disse o secretário de Segurança de São Paulo.
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