segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Metade dos torcedores presos no Rio já tinha antecedentes criminais


Torcedores foram presos por provocar tumulto no entorno do Engenhão.
Grupo teria lançado rojões na direção da torcida rival em estação de trem.

Do G1 Rio
Mais da metade dos torcedores presos neste domingo (23) pela Polícia Militar já tinha passagem pela polícia por roubos, ameaças e descumprimento ao estatuto do Torcedor. Dos cerca de 120 envolvidos em confusão no entorno do Estádio do Engenhão, 99 foram presos e 19 menores apreendidos. Eles foram presos em flagrante por formação de quadrilha qualificada e por provocar tumulto nas proximidades do estádio.
Com eles a polícia apreendeu barras de ferro, soco inglês, pedras, pedaços de madeira e rojões. Os presos serão encaminhados ainda nesta segunda (23) para o presídio de Bangu 10 e os menores para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Segundo a PM, eles se envolveram em duas brigas: uma entre torcedores do Fluminense e do Vasco e a segunda entre torcedores do Vasco, que brigam pelo comando da Força Jovem do time.

PM usou bombas de efeito moral para conter confusão
Em uma primeira briga, 87 torcedores dos dois times foram levados para o Juizado Especial Criminal (Jecrim), dentro do estádio, após briga perto de uma estação de trem. Um grupo de torcedores teria lançado rojões na direção da torcida rival. PMs usaram bombas de efeito moral para conter a confusão. Até as 19h50, não havia informações sobre feridos.

Os torcedores, que prestavam depoimento até o horário, devem responder por conduta violenta, pelo código do Estatuto do Esporte. Se condenados, podem ser presos, pagar multa ou ficar proibidos de frequentar estádios por até três anos.

Mais tarde, dois grupos rivais de uma mesma torcidas organizadas do Vasco tentaram entrar em confronto. Segundo o tenente-coronel João Fiorentini Guimarães, do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), a PM impediu a briga e um dos grupos atacou os policiais, que prenderam 40 torcedores.

"Ninguém está preocupado com o clube. Eles se dizem vascaínos. Eles não se preocupam com o que vai acontecer com o clube. Só querem o dinheiro e o poder de presidir a torcida, apenas isso", disse o tenente-coronel.

Um helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a região para auxiliar o policiamento em terra. Torcidas organizadas e as delegações dos dois times foram escoltadas por carros da PM. Cerca de 200 policiais fazem a segurança no entorno do Engenhão.

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