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Operação já está na nona fase e atualmente 13 pessoas estão presas
Os impactos das investigações na Operação Lava Jato, deflagrada pela Policia Federal (PF) com o intuito de investigar desvios de recursos na Petrobras, já estão repercutindo negativamente na vida dos trabalhadores da estatal, que reclamam do “silêncio” do governo mediante o escândalo. A operação já está na nona fase e atualmente 13 pessoas, entre empreiteiros e ex-diretores, estão presas.
Em entrevista a CartaCapital o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, representante de quase 500 mil trabalhadores diretos e indiretos da companhia, admitiu que os servidores “estão envergonhados”.
Técnico de manutenção na estatal desde 1985, Rangel conta que, ultimamente, declarar-se funcionário da Petrobras pode terminar em piadas, especialmente porque o governo federal estaria calado diante das investidas da oposição. “Não é que o governo fala pouco, ele não fala”, disparou.
Durante a entrevista, o presidente comentou como os funcionários da Petrobras acompanham os escândalos na mídia e como a entidade tenta mudar essa percepção entre os trabalhadores. “Estão todos perplexos. Muitos ficam envergonhados. Em geral os trabalhadores têm evitado falar sobre o assunto porque o debate ganhou as ruas. Quando você diz que trabalha na Petrobras, vem logo uma piadinha sobre a Lava Jato. O esquema de corrupção do Metrô de São Paulo pode ter desviado até mais dinheiro, mas a população não tem esse apego ao metrô porque a Petrobras é um símbolo nacional, mexe demais com a população”, lamentou José Maria ressaltando:
Com relação ao não posicionamento do governo ele mencionou que o mesmo tem se mantido quieto e estaria permitindo que a Petrobras reduza investimentos. “Não é que o governo fala pouco, ele não fala. O governo deveria assumir o papel de acionista majoritário e garantir os investimentos para melhorar os ativos da empresa e o desenvolvimento do País”, avaliou.
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