terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Técnico em sismologia da USP desmistifica "terremoto" em Campos


No dia 21 de janeiro também foi registrado um tremor na costa de São João da Barra
 Reprodução

No dia 21 de janeiro também foi registrado um tremor na costa de São João da Barra

O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAGCA) da Universidade de São Paulo (USP) registrou na manhã desta segunda-feira (23/02) por volta das 10h34, um tremor de terra entre Ururaí e Tapera, a cerca de 8km do centro de Campos. IAGCA explicou que o fenômeno, denominado tremor de terra, é comum em todo território nacional e pode ter sido causado por uma detonação.
Com magnitude de 2.3 graus, o abalo sísmico foi registrado por oito estações sismológicas, onde a mais próxima fica a 30km do município. Segundo o IACG são mais de 40 estações instaladas por todo território nacional.
O técnico analista em sismologia da USP, José Roberto Barboza, disse aoSite Ururau que um tremor dessa magnitude é comum no Brasil. Ele acredita que fatores externos tenham sido os causadores do fenômeno já que não há registros. “No Brasil, um tremor de terra de 2.3 é normal. A gente não sabe se isso foi um tremor natural ou se foi detonação porque não temos informação. Pela análise eu considerei como uma provável detonação”, explicou o técnico afirmando que não foi o primeiro registro em Campos.
José Roberto também explicou que para ser considerado terremoto, o tremor tem que atingir acima de 5 graus e quando atinge essa magnitude normalmente tem proporções catastróficas. Ainda segundo o técnico, no Brasil só há registros desse tipo de magnitude com catástrofes em 1955, quando foram registrados dois casos. “Esses tremores são sismos pequenos que nem sempre são sentidos pelas pessoas”, relatou.
Pelo Boletim Sísmico Brasileiro, no dia 21 de janeiro também foi registrado um tremor de 3.2 no mar em São João da Barra. "As ondas acabam se dissipando e o temor não é mais sentido", afirmou. Em nenhum dos casos houve registro de populares sobre os tremores.
José Roberto fez questão de ressaltar que a população não deve ficar preocupada com esse tipo de fenômeno. “A intenção é esclarecer e informar para não criar alarde na população e explicar o que é e o que não é terremoto. Esses tremores são normais”, finalizou o técnico.
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Fonte: STELLA FREITAS

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