— É a evolução natural do comércio eletrônico — diz Renato Pelissaro, diretor de Marketing do PayPal para a América Latina. — E os varejistas já perceberam esse filão. As principais redes estão investindo na criação de aplicativos próprios ou em sites desenvolvidos especialmente para essas plataformas.
O levantamento, realizado em 22 mercados, aponta que em 2013 foram gastos US$ 102 bilhões em compras por celular ou tablet, número que deve alcançar US$ 291 bilhões em 2016. A migração do desktop para as plataformas móveis no momento da compra é puxada pelo público jovem. Entre os brasileiros, 61% dos que adquirem produtos e serviços pelo canal têm entre 18 e 34 anos.
Apesar do rápido ritmo de crescimento, o volume de vendas ainda é relativamente baixo. No Brasil, consumidores gastaram R$ 15,1 bilhões no ano passado em compras mobile, cerca de um sexto do total de R$ 93 bilhões movimentados pelo e-commerce.
O estudo também apontou as principais dificuldades encontradas pelos consumidores para as compras por smartphones e tablets.
— A mais lógica é a tela pequena. 31% dos brasileiros reclamaram sobre isso. Eles querem avaliar melhor o produto antes da compra, e o tamanho da tela dificulta a visualização das imagens — dia Pelissaro. — O temor com a segurança e a dificuldade para digitar também foram muito citados.
A tendência do uso de celular para as compras já foi detectada pelas gigantes da tecnologia, que também pretendem usar os smartphones como substitutos das carteiras. A Apple lançou no ano passado um sistema de pagamentos próprio; enquanto a Samsung anunciou na semana passada a compra da LoopPay.
— As transações via mobile estão mudando muitas indústrias — afirma Pelissaro. — Hoje, você pega um táxi e não precisa de dinheiro físico para pagar, você pede comida por um aplicativo e faz o pagamento direto. É mais comodidade para o consumidor.
O estudo foi realizado pela PayPal, sistema de pagamentos on-line, em parceria com a Ipsos. Foram entrevistadas 17,5 mil pessoas em 22 países sendo 800 no país.
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