terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Ato em defesa da Petrobras tem briga de militantes pró e contra PT no Rio


Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou às 19h20 para ato na ABI.
Por volta das 18h, grupos chegaram a trocar socos e chutes.

Daniel SilveiraDo G1 Rio
Manifestante pró-PT chuta militante de oposição (Foto: Daniel Silveira/G1)Manifestante pró-PT chuta militante de oposição (Foto: Daniel Silveira/G1)
Na calçada do prédio da Associação Brasileita de Imprensa, no Centro do Rio, dezenas de militantes do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ovacionavam, por volta das 18h desta terça-feira (24), o ex-presidente Lula, que era esperado para um ato em defesa da Petrobras. Do lado contrário, um grupo bem menor, de aproximadamente 15 pessoas, fazia um minipanelaço, gritando "fora PT" e cobrando o impeachment de Dilma. Após muita provocação, foram iniciadas pelo menos duas brigas entre os grupos, com chutes e pontapés. Por volta das 19h20, o ex-presidente Lula chegou ao local sem qualquer tumulto.
O pouco policiamento não conseguia conter o tumulto. O tráfego na Rua Araújo Porto Alegre foi totalmente obstruído, obrigando os veículos a seguirem pela Rua México. Às 18h15, chegou reforço da Polícia Militar e o trânsito na Araújo Porto Alegre foi liberado. Os policiais se posicionaram de modo a proteger o grupo contrário ao PT, que era em número muito menor que os militantes.
O ato “Defender a Petrobras é defender o Brasil” foi convocato pela CUT e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Além de Lula, estão previstos para participar do ato sindicalistas, advogados, jornalistas e intelectuais.
No manifesto, o grupo diz que há uma "campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos sobre o setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de empregos em todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito superior à dos desvios investigados".
Depois dos dois confrontos físicos entre o grupo contrário ao PT e os petistas, os que defendem o impeachment de Dilma se dispersaram. Representes dos sindicatos que organizam o ato pediam aos seus militantes que não respondessem ás provocações. No entanto, por duas vezes pessoas que passaram pela calçada e gritaram palavras contrárias ao atual governo foram atacadas com garrafas de água vazias e insultos. Houve um momento em que militantes do PT jogaram ovos no grupo que gritava  "Fora Dilma".

Com a camisa rasgada e exibindo o crachá de funcionário da Petrobras quebrado, o engenheiro Vinicius Prado, de 27 anos, disse que fez questão de ir para a porta da ABI para se posicionar contra a presença do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em um ato em defesa da estatal. Ele foi agredido por militantes petistas que o atacaram enquanto ele gritava com outras pessoas palavras contra o partido.
"Eu acho um absurdo o Lula falar em defesa da Petrobras sendo que isso tudo começou com ele lá. Eu sou petroleiro e eu sim vim aqui para defender a empresa. A Petrobras é feita por gente como, que acorda cedo, trabalha o dia inteiro e faz a empresa ter os resultados que tem", disse.
Homem diz ter sido agredido em protesto na Petrobras (Foto: Daniel Silveira / G1)Homem diz ter sido agredido em protesto na Petrobras (Foto: Daniel Silveira / G1)
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Militantes brigaram em frente à sede da ABI, em ato pela Petrobras (Foto: Erbs Jr. / Frame / Estadão Conteúdo)Militantes brigaram em frente à sede da ABI, em ato pela Petrobras (Foto: Erbs Jr./Frame/Estadão Conteúdo)
Grupos trocaram provocações e houve briga (Foto: Daniel Silveira/G1)Grupos trocaram provocações e houve briga (Foto: Daniel Silveira/G1)
Policiais na porta da ABI (Foto: Daniel Silveira/G1)Policiais na porta da ABI (Foto: Daniel Silveira/G1)

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