A família do motorista Marcinei Pirovani Machado, de 36 anos, quer explicações da Polícia sobre a morte dele. Marcinei foi atingido por uma bala de borracha disparada por um policial, durante uma confusão na noite de sábado (20) na comunidade de Santa Marta, Zona Rural de Ibitirama, na região do Caparaó do Espírito Santo, e não resistiu.
A confusão que terminou com a morte de Marcinei foi gravada em vídeo. Nas imagens, é possível ver que policiais militares tentam levar um homem detido após uma briga, mas populares interferem na tentativa de impedir a prisão. Quando o homem já estava sendo conduzido para a viatura, Marcinei e um outro homem se aproximam dos policiais. Neste momento, um dos policiais dispara, baleando Marcinei.
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“O rapaz não aceitou a abordagem, e os policiais tentaram algemá-lo, ele reagiu, caiu no chão. O pessoal chegou falando ‘deixa disso, não vai levar ele preso’. E aquele tumulto ficou. O rapaz que saiu dali, que não tinha nada a ver, foi tentar falar com os policiais, e aí o policial agiu”, descreveu uma testemunha, que não quis se identificar.
Para a família, não há justificativa para a reação do policial. “Uma polícia dessa, onde foi tirado o diploma dele para atirar nos outros? Se o cara tivesse agredido ele, tudo bem, mas não agrediu. Em que país que nós estamos?”, questionou o pai da vítima, o lavrador José Paula.
Confusão em hospital e enterro
Marcinei chegou a ser socorrido e levada para um hospital da cidade. A mãe dele, ao saber do ocorrido, passou mal e também precisou de atendimento médico. Segundo José Paula, a família encontrou dificuldades para que ela fosse socorrida.
Marcinei chegou a ser socorrido e levada para um hospital da cidade. A mãe dele, ao saber do ocorrido, passou mal e também precisou de atendimento médico. Segundo José Paula, a família encontrou dificuldades para que ela fosse socorrida.
“Tinha um cordão policial, dizendo que tinha perdido a chave do hospital. Nós, naquele desespero, esbarramos na porta e ela quebrou. Aí eu fui lá em cima e só tinha dois enfermeiros, que estavam escondidos. Esconder para quê? Não era bandido que estava chegando. Era pra socorrer uma senhora, mãe de seis filhos”, lamentou o lavrador.
O cunhado da vítima acrescenta que a família também se sentiu intimidada pela polícia durante o enterro de Marcinei.
“Eu queria saber o porquê de ter aquele monte de policial lá na frente, onde estava tendo o velório. A gente estava se sentindo ameaçado pela quantidade de policial que tinha lá, todo mundo estava reclamando”, disse Marcos Veiga.
Polícia
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar negou que as situações denunciadas aconteceram e reafirmou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar.
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar negou que as situações denunciadas aconteceram e reafirmou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar.
O homem que aparece algemado no vídeo fugiu no meio da confusão, mas foi detido nesta segunda-feira (22).
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