Justiça tarda, mas não falha: depois de 10 anos, acusado de matar irmão é absolvido
A Justiça tarda, mas não falha. O provérbio é certo e pode ser aplicado em muitas situações da vida, principalmente, quando se trata da justiça dos homens, que tem que se terem provas e argumentos concretos para que a verdade não seja encoberta por fatos tipo, “parece que foi assim” ou “as pessoas entenderam que foi desta forma”. Dúvidas com essas, em se tratando de justiça, não valem como provas.
Fato que mostra que a justiça até pode tardar, mas não falha, especialmente quando estão em questão verdades e, ainda, profissionais qualificados para apontar essas verdades, aconteceu essa semana em Campos. No Fórum local voltou à tona um caso que aconteceu há 10 anos e chocou o pequeno distrito de Venda Nova e terminou em morte.
Quem conhece bem esse caso são os profissionais que trabalham para que a verdade prevaleça sempre e a justiça seja feita para quem a mereça, os advogados Hélvio da Silva Araújo e Juliana Cabral Araújo (foto). Eles contam que naquela época um estabelecimento comercial na localidade foi assaltado por dois homens em uma moto.
Até aí nenhuma novidade. Mas a crime foi ficando mais complicado quando o proprietário do estabelecimento, Carlos Roberto Caetano Rodrigues, entrou em luta corporal com um dos assaltantes e, quando percebeu que poderia sair perdendo, gritou para o seu irmão que estava um pouco mais distante: “Apanha minha arma aí, que eu vou morrer”.
No entanto, os bandidos foram mais rápidos e já tinham baleado seu irmão que, ainda ferido, conseguiu dar um tiro para cima. No meio dessa história toda, a Promotoria de Justiça daquela época teria feito denúncia contra Carlos Roberto, de homicídio qualificado contra seu próprio irmão, que dá uma pena de 2 a 30 anos.
O comerciante estava respondendo em liberdade e o julgamento aconteceu somente agora, com o júri entendendo a negativa da autoria, absolvendo-o por 7 votos a 0. Os criminosos levaram dinheiro e, ainda, como em todo o crime praticado por bandidos com moto, conseguiram fugir, já que um dava cobertura ao outro. Os advogados Hélvio Araújo e Juliana Araújo, afirmam que este é mais um caso em que a justiça foi feita.
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