O coronel da PM Ricardo Coutinho Pacheco, ex-chefe do Estado Maior Geral Administrativo, preso suspeito de participar de uma quadrilha que teria desviado R$ 16 milhões de fundos de saúde da corporação, depôs como testemunha na CPI das Armas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quinta-feira (25) e criticou o Sistema de Material Bélico (Sismatbel), que deveria fazer o controle das armas da corporação.
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Em 2014, ano em que ele chefiou a pasta até novembro, ao menos 122 armas foram roubadas ou extraviadas, de acordo com a comissão parlamentar de inquérito. Entre 2012 e 2015 mais de 200 armas sumiram, assim como 2,5 mil munições.
Ele se eximiu da responsabilidade e disse que a notificação de roubos e extravios deve partir de comandantes das unidades operacionais (batalhões) e de seu superior, que seria o chefe de Estado Maior Operacional - e não o chefe de Estado Maior Administrativo, no caso, o próprio coronel.
Pacheco afirmou ainda que, como o controle de armas é feito pelos batalhões até mesmo em áreas de UPPs, o sistema continua sendo problemático atualmente. Na semana que vem, a CPI das Armas avaliará o software.
"Não há controle efetivo dessas armas e munições até hoje. Tenho certeza de que vocês perceberão isto na visita (de avaliação)", disse o PM. O coronel, que está na reserva da PM, refutou ainda a crítica de que a implementação do sistema teria diminuído durante a sua gestão.
R$ 16 milhões em desvios
Treze oficiais da PM são acusados de participar do esquema, que teria desviado pelo menos R$ 16 milhões do fundo de saúde da PM entre 2013 e 2014. Além dos 13 oficiais, 12 empresários foram denunciados e vão responder por crimes de organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção e peculato.
Treze oficiais da PM são acusados de participar do esquema, que teria desviado pelo menos R$ 16 milhões do fundo de saúde da PM entre 2013 e 2014. Além dos 13 oficiais, 12 empresários foram denunciados e vão responder por crimes de organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção e peculato.
Até o fim do ano passado o coronel Pacheco era o chefe do estado maior administrativo, o segundo homem na hierarquia da PM. Ele foi detido durante operação do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio, da subsecretaria estadual de inteligência e da corregedoria da PM.
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