Foi enterrado na tarde desta quinta-feira (25) no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio, o corpo de Gabriel Frazão de Araújo, de 16 anos, que foi baleado na porta de casa em uma suposta tentativa de assalto.
Amigos e parentes estavam inconformados com o crime. Muitos vestiam uma camisa em homenagem ao adolescente. Gabriel foi baleado na cabeça quando teria tentado evitar que ladrões entrassem na casa dele, em Piedade, no Subúrbio.
Testemunhas contaram à polícia que os ladrões já tinham roubado outras pessoas na mesma região. A Divisão de Homicídios já sabe que pelo menos seis criminosos em dois carros participaram de vários assaltos na mesma região pouco antes da morte do adolescente.
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Gabriel voltava de um curso, na tarde desta quarta-feira, e chegou a tocar a campainha de casa. A mãe ouviu o tiro e, quando saiu, encontrou o filho baleado na cabeça. Ele ainda foi levado para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde foi operado, mas não resistiu e morreu.
Amigos e professores do adolescente fizeram uma homenagem em frente à escola onde ele estudava. Gabriel estava se preparando para o vestibular. “Vai ficar um buraquinho. Segunda-feira, quando a gente entrar na sala para dar aula e vê aquele cantinho que ele sentava vai doer”, disse Márcia Maia, diretora da escola.
Pela manhã, carros da polícia circulavam pelo bairro, mas os moradores dizem que não é sempre assim e que os assaltos são rotina.
“É raridade esses policiais passarem aqui, é raridade. A gente fica meses e meses aqui e não vê nada”, afirmou o aposentado José Melo.
A professora Elisabete de Araújo também destacou a pouca frequência de policiais pelo bairro. “Não há policiamento, realmente não há policiamento aqui. E não vem de hoje, vem de meses. Aí só está piorando, cada vez mais está piorando”, disse.
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