O ex-padrasto do menino Vitor da Silva Santos, 11 anos, morto na última quinta-feira (18), emSooretama, Norte do Espírito Santo, foi preso na tarde desta segunda-feira (22), em São Mateus. O caminhoneiro José de Jesus, 46 anos, é apontado pela polícia como autor da morte da criança, mas o suspeito nega o crime.
Segundo o delegado Fabrício Lucindo, a criança foi enforcada pelo ex-padrasto por motivo de vingança contra a mãe do garoto.
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“Nós expedimos o mandado de prisão na última sexta-feira e hoje efetuamos a prisão com a ajuda de informações da comunidade. Ele continua afirmando que não matou o menino, mas nós temos provas suficientes que comprovam sua autoria”, disse o delegado.
O suspeito foi levado para a 16ª Delegacia Regional de Linhares e será transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz nesta terça-feira (23). Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.
“O crime foi por motivo torpe, dissimulação e asfixia”, informou Lucindo. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Conclusão do inquérito
A polícia concluiu o caso após o trabalho da perícia e com o relato de cinco testemunhas na última sexta-feira (19).
A polícia concluiu o caso após o trabalho da perícia e com o relato de cinco testemunhas na última sexta-feira (19).
“A corda usada para enforcar o menino era de propriedade do suspeito. O nó que ele fez é conhecido como “nó paulista”, só caminhoneiro consegue fazer. O suspeito também tinha combinado de pagar R$ 15 ao garoto para ele vasculhar o celular da mãe em busca de um possível namorado. Ele tinha um ciúme possessivo da ex-mulher. Ele atraiu a criança para o local onde foi morta, mas como não tinha conseguido as informações que ele havia pedido, acabou matando o menino”, explicou o delegado.
Visto pela última vez com ex-padrasto
Vitor da Silva Santos foi encontrado morto com uma corda no pescoço na noite de quinta-feira (18). O menino estava desaparecido desde a noite de quarta-feira (17), quando saiu para brincar com amigos.
Vitor da Silva Santos foi encontrado morto com uma corda no pescoço na noite de quinta-feira (18). O menino estava desaparecido desde a noite de quarta-feira (17), quando saiu para brincar com amigos.
Vizinhos disseram que o ex-padrasto foi a última pessoa a ser vista com Vitor.
O homem chegou a ser levado para a delegacia para prestar depoimento na tarde de quinta-feira, mas disse apenas que se encontrou com a criança assim que ela saiu da escola.
Relacionamento abusivo e vingança
Segundo a família de Vitor, há sete meses a mãe da criança terminou um relacionamento abusivo com o suspeito.
Segundo a família de Vitor, há sete meses a mãe da criança terminou um relacionamento abusivo com o suspeito.
"Se ele fez foi para se vingar de mim, foi para chamar a minha atenção. Eu já tinha falado pra ele que não ia voltar, que não queria ele", disse a mãe do menino, Marilúcia Monteiro.
A polícia também acredita que o suspeito tenha matado a criança para se vingar da mãe.
"Ela contava que ele era ciumento, que ele não podia ter amigo, que ela não podia ter amigos, nem a criança podia conversar. Aí ele começou a agredir ela, e ai ela decidiu separar", disse a tia de Vitor, Marilza Monteiro.
Incêndio
Durante a tarde de sexta-feira (19), enquanto Vitor era enterrado, moradores da região incendiaram a casa do suspeito do crime. De acordo com a polícia, ninguém foi preso pelo incêndio.
Durante a tarde de sexta-feira (19), enquanto Vitor era enterrado, moradores da região incendiaram a casa do suspeito do crime. De acordo com a polícia, ninguém foi preso pelo incêndio.
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