terça-feira, 25 de agosto de 2015

Coronel cita livro que acusa Aurich por tentar derrubar avião de Hartung


Defesa de Ferreira pediu a inclusão de Aurich como testemunha.
Ele havia sido dispensado após faltar 1º dia de julgamento.

Juliana Borges e Naiara ArpiniDo G1 ES
O segundo depoimento da tarde de terça-feira (25), no júri do caso Alexandre Martins, foi do coronel Carlos Augusto de Oliveira Ribeiro, também testemunha do acusado Walter Gomes Ferreira. Ele começou a falar por volta de 15h20 e terminou em aproximadamente uma hora.
Após 12 anos da morte do juiz Alexandre Martins, foi iniciado nesta segunda-feira (24), o julgamento de dois dos três acusados de mandar matar o magistrado, em 2003. O coronel da reserva da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, e o ex-policial civil e empresário, Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú, sentaram no banco dos réus, no Cineteatro da Universidade de Vila Velha. Outro acusado, o juiz Antônio Leopoldo não tem julgamento previsto.
Carlos Augusto é autor do livro "Espírito Santo: a outra face da verdade", uma resposta a publicação "Espírito Santo", que tem como autores o juiz Carlos Eduardo Lopes, Rodney Miranda e um escritor do Rio de Janeiro chamado Luiz Eduardo. No primeiro livro, os autores defendem que a morte de Alexandre Martins foi um crime de mando.
Segundo Ribeiro, o livro é baseado em uma carta, escrita pelo advogado e juiz aposentado Antônio Franklin Cunha, contratado pelo pai do juiz Alexandre Martins para ser assistente de acusação. Mas logo no início do processo, ele deixou a posição por acreditar que o crime foi um latrocínio. A carta foi anexada ao processo.
"Tomei conhecimento da carta do doutor Antônio Franklin [Cunha] ao secretário de segurança da época [Rodney Miranda], informando que havia renunciado ao mandado recebido para assistência de acusação. A última frase dessa carta é: 'Sr. Secretário, não use o corpo de uma vítima como palanque eleitoral'".
Segundo a testemunha, algumas informações do livro "Espírito Santo" são falsas, por isso sentiu a necessidade de escrever seu próprio livro.
"Algumas acusações eram falsas. A principal era de que a PM deu o primeiro tiro no juiz e que o segundo tiro foi dado pela magistratura. No livro, também diz que tem certeza de que havia bandidos na magistratura. Outra acusação era de que o coronel Aurich tinha tentado derrubar o avião onde estavam Hartung, Rodney, Iriny lopes, Carlos Eduardo e Cláudio Vereza. Também tinha a acusação de que o crime era de mando", disse.
Volta de testemunha
A defesa do coronel Ferreira acabou pedindo a inclusão de Luiz Sergio Aurich como testemunha, sob alegação de que ele foi citado no depoimento do Carlos Augusto de Oliveira Ribeiro. O juiz deferiu o pedido e pediu imediata intimação de Aurich. Depois da decisão, o juiz deu um intervalo de 20 minutos para lanche. Na sequência de depoimentos, seguiu ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga.

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