quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Greve dos bancários chega ao nono dia sem negociação com a Fenaban



A greve dos bancários completou nove dias nesta quarta-feira (14/10) e até o momento não foi apresentada nenhuma contraproposta ao reajuste de 5,5% apresenta pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 25 do mês passado.
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na tarde desta quarta na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para avaliar os nove dias de greve. O balanço feito pelos dirigentes de todo o Brasil é que o movimento está melhor a cada dia, com apoio dos clientes e da opinião pública em geral.
Os representantes sindicais ainda reafirmaram que os bancários merecem aumento real, por serem responsáveis pelos altos lucros dos bancos. De acordo com Hugo Diniz, presidente do Sindicato dos Bancários do Norte e Noroeste Fluminense, durante a avaliação ficou definido de que o movimento deve ser fortalecido nos próximos três dias.
 "Nós continuamos mobilizados e sabemos que somente dessa forma os banqueiros irão retornar a mesa de negociação com uma proposta melhor, pois a anterior não cobre nem sequer a inflação”, disse Hugo acrescentando que a Fenaban foi comunicada da reunião, pois caso quisesse apresentar uma contraproposta, mas a mesma não se manifestou.
Em todo o Brasil, 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram suas atividades. Em Campos, que possui o maior contingente de agências da região, cerca de 40, e São João da Barra a adesão foi de 100%. Já em São Francisco de Itabapoana, São Fidélis no Norte, e Itaocara e Italva, Aperibé e Cardoso Moreira no Noroeste, o funcionamento é parcial.
A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real); Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$7.246,82; Piso de R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Pedem ainda melhores condições de trabalho como o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; mais contratações, fins da rotatividade e do fim das demissões; combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários entre outras.
A proposta apresentada pela fenaban, no último dia 25, foi de 5,5% de reajuste para salários e vales. O índice está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88% em agosto deste ano, e significa perda real de 4% para os salários e demais verbas da categoria. A proposta inclui abono de R$ 2.500,00, não incorporado ao salário. A proposta foi rejeitada e a greve deflagrada no dia seis deste mês.
Desde que a greve foi deflagrada o presidente do Sindicato dos Bancários, Hugo Diniz, vem se concentrando em uma das agências do banco Bradesco, no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, o Calçadão, no Centro da cidade.
Mesmo em greve, os bancários estão mantendo o pessoal nas agências para dar suporte e orientação à população quanto a um eventual problema que ocorrer.

 Fonte Ururau

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