sábado, 9 de novembro de 2013

MORRE PAULINHO ALMEIDA, CAMPISTA ÍDOLO DO FLAMENGO NA DÉCADA DE 50


Ex-jogador, de 80 anos, não resistiu as complicações de um enfisema pulmonar
 Ururau

Ex-jogador, de 80 anos, não resistiu as complicações de um enfisema pulmonar

Na noite desta sexta-feira, por volta das 19 horas, faleceu na Santa Casa de Misericórdia de Campos, o ex-jogador do Flamengo, Paulinho Almeida. O campista, um dos maiores responsáveis pelo tricampeonato carioca do Flamengo em 53-54-55, enfrentava problemas com um enfisema pulmonar e na última quarta-feira (06/11) o quadro piorou, dando entrada na Santa Casa com pneumonia. Nesta sexta-feira (08/11), Paulinho deu entrada na UTI do Hospital e acabou não resistindo, vindo a falecer no início da noite.
No mês de setembro, Paulinho completou 80 anos e uma grande homenagem foi prestada ao ídolo, por amigos, em São João da Barra, onde morava na praia de Atafona. O Site Ururau esteve presente na festa e relatou todas as emoções sentidas pelo campeão. Tratando da doença que o levou, Paulinho Almeida fez questão de agradecer o atendimento que recebeu na cidade onde residiu durante 25 anos.
Familiares de Paulinho informarão em breve, os horários de velório e sepultamento do ídolo rubro-negro.
Paulo de Almeida, o Paulinho, estreou no Flamengo em 1951 e permaneceu no clube até 1958. Nestes oito anos, Paulinho disputou 143 jogos e marcou 59 gols, sendo o 47º na lista de maiores artilheiros do Flamengo. Em sua passagem pelo clube foi bicampeão carioca em 1954 e 1955. O ano de 55 foi ainda a sua melhor temporada pelo Flamengo: além do título carioca foi o artilheiro da competição com 23 gols.
Nome Completo: Paulo de Almeida
Apelido: Paulinho
Posição: Atacante
Dia do Nascimento: 15 de Setembro de 1933
Nascimento: Campos
1° Jogo: 8 de Abril de 1951 (Flamengo 1 x 0 Bonsucesso)
Memória do ídolo Paulinho Almeida
O primeiro título de Paulinho Almeida no Flamengo veio rápido, ainda na temporada de 1953. E ganhou, inclusive, repercussão internacional, pois aconteceu em Buenos Aires, quando da disputa do Torneio Internacional Presidente Juan Domingo Perón. A decisão, aliás, foi bem brasileira, com os rubro-negros vencendo categoricamente ao Botafogo por 3 a 0.
Por sua vez, e apesar de estar substituindo ao titular Joel, contundido, o jovem ponta-direita Paulinho não se intimidou com a nova e inesperada responsabilidade, acabando por se transformar em um dos maiores destaques daquele Flamengo campeão.  Foi isso, por sinal, o que mais agradou ao exigente treinador Fleitas Solich – em alta na Gávea, ainda mais depois de haver levado o Paraguai ao título de campeão do Sul- Americano de Lima, no Peru.
A nota curiosa da excursão dos brasileiros à capital portenha, foi uma visita especial feita à Casa Rosada, onde a delegação rubro-negra foi recebida pelo próprio Perón. Na ocasião, Paulinho não só conheceu de perto como apertou a mão do lendário presidente argentino. Um Perón que se desmanchou em gentilezas durante o encontro, oferecendo a cada jogador uma foto sua, autografada.
• Paulinho Almeida chegou à Gávea em 1951, aos 18 anos, depois de explodir no Goytacaz, pelo qual foi bicampeão juvenil. Trazido pelo doublé de empresário e diretor de clube Benedito Rosa, foi entregue diretamente ao presidente do Flamengo, o dr.  Gilberto Cardoso – campista como ele -, a quem Benedito disse estar presenteando com “um futuro craque, uma joia rara. Alguém que dará, certamente, muitas glórias, muitas alegrias  à torcida rubro-negra”.
Destacando-se rapidamente entre os juvenis e os aspirantes, Paulinho chamou a atenção a tal ponto que ficou entre os convocados para as Olimpíadas de 1952, na Finlândia. Em Helsinki, no entanto, mesmo ostentando ótima forma, acabou preterido pelo técnico Newton Cardoso, ficando na reserva de Milton Bororó, do Fluminense - outro ponta-direita revelado pelo futebol campista, se bem que um pouco antes de Paulinho.
Um fato dos mais interessantes é que, pouco depois de Helsinki,  Milton Bororó tenha trocado o Fluminense pelo Flamengo, atendendo a um convite especial feito pelo próprio Paulinho. Na Gávea, entretanto, acabou atuando um bom tempo entre os aspirantes, tendo sido, até mesmo, bicampeão carioca da categoria. Mas a sua maior glória foi ter participado da campanha do Tricampeonato, jogando ao lado de Paulinho.
Um pouco antes do Tri, porém, Milton teve outro grande momento com a camisa rubro-negra, sendo o titular da ponta-direita na conquista do Torneio Internacional Dr. Gilberto Cardoso. Naquele Flamengo campeão, teve a honra de jogar ao lado de Dida, Zagalo, Chamorro, Servílio e Babá. E, também, da famosa linha intermediária, formada por Jadir, Dequinha e Jordan.
• Em julho de 1954, eis que Paulinho não deixou escapar uma nova grande oportunidade que surgiu, conquistando com méritos o seu segundo título pelo Flamengo. Naquela ocasião, o Maracanã se engalanou todo para receber o Torneio Triangular Internacional Cidade do Rio de Janeiro, o que levou os rubro-negros a entrarem com tudo na competição.
Assim, logo na estreia golearam ao La Coruña, da Espanha, por 4 a 1. E, na decisão, foi um Flamengo com autoridade de campeão que se impôs desde cedo em campo, aplicando outra marcante goleada. Desta vez no Fluminense, que caiu ante uns sonoros 5 a 2.
Titular nos dois jogos, Paulinho Almeida mostrou, mais uma vez, o mesmo futebol de alto nível, de toques rápidos e dribles desconcertantes em alta velocidade. O suficiente para deixar evidenciado, ali, que iria brigar para valer por um lugar definitivo no time rubro-negro. O que se consumaria, por sinal, bem pouco tempo depois.




Fonte: URURAU

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