Trabalho de combate ao fogo se intensifica na Estação Ecológica de Guaxindiba
A quinta-feira foi de muito trabalho para conter vários focos de incêndio na Estação Ecológica de Guaxindiba. Segundo informações da chefe da Estação, Vânia Coelho, o trabalho nesta quinta-feira recebeu o reforço de guarda-parques de outras estações ecológicas da Região, como o Parque Estadual Lagoa do Açu, no Farol de São Thomé, Parque Estadual Costa do Sol, na Região dos Lagos e Parque Estadual do Desengano, no Imbé. Funcionários dessas outras reservas se juntaram aos funcionários da Estação de Guaxindiba, Corpo de Bombeiros e guardas do Grupamento Ambiental de São Francisco. No total cerca de 40 homens atuaram no combate ao fogo. Algumas equipes devem até permanecer durante a noite na tentativa de debelar as chamas.
Nesta quinta-feira, 21, um helicóptero do Governo do Rio de Janeiro sobrevoou a Reserva com técnicos do Inea. Segundo informou o guarda-parque Lucas Roberto, a área atingida pelo fogo equivale a cerca de cinco campos de futebol, porém há outros focos de difícil acesso no interior da mata. Na parte leste da reserva, onde está o Brejo da Floresta, próximo à Fazenda São Pedro, houve muita destruição, mas nesse local as chamas já foram debeladas. As atenções agora se voltam para alguns focos, que devido ao vento forte, chegaram do lado oeste, próximo à localidade de Nova Belém.
A Estação Ecológica de Guaxindiba é também conhecida no município como Mata do Carvão, devido à grande quantidade de fornos de carvão que no seu interior existiam. É o último remanescente da Mata Atlântica localizado no domínio dos tabuleiros costeiros do Nordeste Fluminense.
Na unidade, encontram-se exemplares de árvores de madeira de alto valor econômico como a peroba, o araçá, braúnas e óleo vermelho. Outro destaque é a existência de animais raros na região, como o diplópodo Rhinocricus padbergi (do mesmo gênero do gongolo), que só ocorre no local.
Possui cerca de 3.260 hectares, e, após longos períodos de desmatamentos, houve uma alteração na mata que, atualmente, distribui-se por uma longa faixa com 1.200 hectares de vegetação com cerca de 5 km de comprimento por aproximadamente 2 km de largura, bem próxima à orla marinha da praia de Guaxindiba. Boa parte da floresta localiza-se em Área de Preservação Permanente por ser cercada naturalmente por recursos hídricos onde se destaca a vegetação de taboa entre os brejos da Floresta e Cobiça.
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