terça-feira, 26 de setembro de 2017

Sogro demonstra frieza e delegado não descarta envolvimento na morte do pai de Milena Gottardi

Médica Milena Gottardi Tonini Frasson (Foto: Reprodução/Facebook) O sogro da médica Milena Gottardi, que morreu assassinada após sair do Hospital das Clínicas em Vitória, demonstrou frieza no depoimento, segundo o chefe da Divisão de Homicídios, que investiga o caso, José Lopes, ao Jornal A Gazeta desta terça-feira (26). O delegado também não descarta a participação dele na morte do pai de Milena, em 2001.

O sogro e o ex-marido da médica, Hilário Frasson, foram presos suspeitos de serem os mandantes do crime.
Lopes disse à reportagem de A Gazeta que Esperidião não aceitava que o filho saísse no prejuízo com o divórcio. "Ele é frio, não moveu uma palha para ajudar ninguém da família das netas. Esperidião e o filho são os dois pensantes desde o início", afirmou.
Ainda segundo o delegado, Hilário usava a relação conturbada com a médica para tirar dinheiro do pai. “Hilário pegou um empréstimo de R$ 100 mil com o pai. Desse valor, ele pagou R$ 60 mil em dívidas para um agiota. Ao pai, ele disse que era para pagar a residência médica que Milena fez em São Paulo. Mas a residência custou R$ 20 mil e ela pagou ao marido. Porém Hilário não entregou o valor ao pai”, completou Lopes.
Os advogados contratados pela família de Milena pra acompanhar as investigaçóes estiveram nesta terça-feira na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles disseram que a médica não queria ficar com bens do marido.

"A doutura Milena não dependia de nada dele, mas vamos esperar as investigações da Polícia Civil para a gente concluir", disse o advogado Renan Sales.   Hilário Frasson foi preso na última quinta; Milena Gottardi foi morta com um tiro na cabeça (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)                                                          Morte do pai de Milena

O delegado José Lopes disse também ao Jornal A Gazeta que a polícia não descarta a participação de Esperidião na morte do pai de Milena. Honório Gottardi foi morto com um tiro na cabeça em 2001, em um suposto assalto, no município de Fundão.
“Durante as apurações, tivemos informações que apontam para um certo envolvimento de Esperidião. A polícia encaminhará todos os levantamentos para a delegacia que apura a morte do pai da médica", afirmou o delegado.
Procurado pela reportagem da TV Gazeta nesta terça-feira, Lopes disse que não falaria mais sobre o caso e que era para procurar o delegado de Fundão, Rogério Nader, local onde o crime aconteceu.

Nader disse que assumiu a delegacia há quatro meses e não tem informações sobre o caso.                                                      Ex-marido preso

O ex-marido de Milena, Hilário Frasson, foi preso na quinta-feira (21), enquanto trabalhava. Ele é policial e foi encaminhado para Delegacia de Novo México, em Vila Velha, onde funciona o presídio para policiais civis. A prisão dele é temporária, com duração de 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
Hilário e o pai, Esperidião Frasson, de 71 anos, são apontados pela polícia como os mandantes do assassinato de Milena. Ela foi morta com um tiro na cabeça ao sair de um plantão no Hucam, em Vitória, no dia 14 de setembro.  Outras quatro pessoas estão presas, suspeitas de participarem do crime. Valcir da Silva e Ermenegildo Palauro Filho são apontados pela polícia de serem intermediários; Dionathas Alves Vieira é suspeito de atirar contra a médica; e Bruno Rodrigues, de roubar a moto usada no crime.

Guarda das crianças

Nesta terça-feira (26), a família da médica conseguiu a guarda provisória das duas filhas do casal, uma de nove anos e outra de dois. Elas já estavam com a família materna desde o dia do crime contra a médica.
A advogada Ana Paula Morbeck, que representa a família de Milena na questão judicial das meninas, disse que a guarda provisória vai ficar com o irmão da médica, Douglas Gottardi Tonini, como foi pedido pela médica, em uma carta que revelava o medo do marido.

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