terça-feira, 26 de setembro de 2017

Justiça concede guarda das filhas de Milena Gottardi para a família

A família de Milena Gottardi conseguiu na Justiça a guarda das duas filhas da médica. As crianças já estavam com a família desde o dia do crime contra a médica. As meninas, uma de 9 anos e outra de 1 ano e 10 meses, são fruto do relacionamento de Milena com o policial civil Hilário Antônio Fiorot Frasson, que está preso apontado pela polícia como mandantes de sua morte.
De acordo com a advogada Ana Paula Morbeck, que representa a família de Milena nessa questão da guarda das meninas, a Justiça decidiu que a guarda provisória das crianças vai ficar com o irmão de Milena, Douglas Gottardi Tonini. "Ficou decidido que, provisoriamente, a guarda das meninas vai ficar com o tio delas, irmão da Milena. As crianças vão morar com ele, mas não podemos detalhar em qual local, cidade e bairro, por questões de segurança", disse a advogada.
Milena estava no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), na noite do dia 14, quinta-feira, acompanhada de uma amiga, quando foi surpreendida pelo atirador, Dionathas Alves Vieira, 23, que estava em uma moto.Ao perceber que já não seria simples manter a versão de latrocínio, Hilário tentou plantar outras hipóteses de motivação para a execução da ex-esposa.
A médica foi alvo de três disparos, sendo um na cabeça, um na orelha e outro na perna. Ela chegou a ser levada para um hospital particular, mas não resistiu e morreu no dia seguinte. Inicialmente, o caso aparentava ter sido um latrocínio – roubo com resultado morte. E esse era o objetivo dos mandantes do crime. Porém, no mesmo dia, o envolvimento do ex-marido de Milena já era levantado pelos policiais da DHPP, tanto que a arma da corporação que Hilário tinha posse foi apreendida na noite do crime. O celular dele também foi apreendido e encaminhado para a perícia técnica da corporação.
Outras versões
“O comportamento dele era algo que não era compatível com a situação. Durante o depoimento, ainda tentou plantar situações de que a médica teria se desentendido com dois pais de pacientes”, disse Lopes.
A partir daí, começou uma busca de informações para localizar e identificar todos os envolvidos. “O mais difícil de chegar foi o executor, o Dionathas. Gastamos dois dias. A prisão dele foi o início do desenrolar do fio da meada. Na madrugada de domingo, já tínhamos os cinco mandados de prisão, só faltava o do Hilário”, disse.

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