Famílias que precisam sepultar entes queridos no Cemitério Municipal Santa Izabel, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, estão precisando custear os materiais para a cerimônia, como areia, tijolos e cimento. Os itens básicos para o sepultamento deveriam ser concedidos pela Prefeitura. Em um vídeo (assista acima), funcionários registraram o material que deveria estar no cemitério chegando em um carro de funerária para o serviço.
"A funerária foi solicitada a comprar. É uma absurdo, é inaceitável pagar o sepultamento e ainda materiais", reclamou Paulo Maurício, que estava no cemitério na manhã desta quinta-feira (31) para o sepultamento do sogro. "A infraestrutura é péssima", completou.
De acordo com os funcionários, familiares também precisam dividir espaço com sacos com restos mortais que foram exumados na recepção do cemitério. Por falta de um depósito, o material fica guardado no local até ser removido.
A falta de infraestrutura foi denunciada por funcionários do cemitério, que dizem que o custo dos materiais necessários por sepultamento é de cerca de R$ 60.
"A secretaria deveria fornecer a areia e o cimento mas não está vindo mais. A funerária e a família que têm que comprar. São uns 20 tijolos, 20 saquinhos de areia, fora a taxa do sepultamento", explicou David, um dos coveiros do cemitério.
Paralisação
Em protesto pela falta de insfraestrutura, os funcionários do cemitério anunciaram uma paralisação para a tarde desta quinta. Segundo eles, além da falta de materiais, quem trabalha no local pede melhorias na infraestrutura, como um local apropriado para comer e tomar banho.
Em protesto pela falta de insfraestrutura, os funcionários do cemitério anunciaram uma paralisação para a tarde desta quinta. Segundo eles, além da falta de materiais, quem trabalha no local pede melhorias na infraestrutura, como um local apropriado para comer e tomar banho.
"Não tem cimento, não tem tijolo, não temos máscara, não temos material nenhum. Não recebemos a quarta parcela do 13º, o salário sempre atrasa, falta água o dia todo. Isso há mais de seis meses, e ninguém dá satisfação. Vamos fazer a paralisação para tentar conseguir uma resposta do governo", disse David.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio para ter um posicionamento sobre os problemas de insfraestrutura do cemitério mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.
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