Imagens obtidas pelo RJTV mostram a destruição dentro dos apartamentos do Conjunto Habitacional Fazenda Botafogo, emCoelho Neto, no Subúrbio do Rio, atingido por forte explosão que deixou cinco mortos e nove feridos na madrugada desta terça-feira (5). O piso do primeiro andar afundou pelo menos meio metro e abriu um buraco debaixo do prédio.
(Veja lista de vítimas no fim da reportagem.)
“Cedeu tudo. O chão, não tem chão, os apartamentos do primeiro andar não tem mais piso, afundou tudo”, contou Fábio Monteiro, que mora em um prédio ao lado do condomínio e viu a situação em que ficaram os apartamentos.
As imagens reforçam a hipótese de que um vazamento de gás pode ter acontecido no subsolo, por onde passa uma tubulação da Companhia Estadual de Gás (CEG). O deslocamento de ar foi tão forte que rachou parte de uma coluna e o piso do primeiro andar afundou.
A CEG foi notificada pelo Procon e pode ter que pagar uma multa de mais de R$ 9 milhões de reais. Os moradores dizem que reclamavam da suspeita de vazamento, no prédio, há mais de um ano.
Os moradores do prédio afirmaram que desde o ano passado registraram constantes reclamações junto à CEG sobre vazamento de gás. Eles relataram que o cheiro de gás era forte no condomínio.
O tio de uma das vítimas que morreram na explosão contou que na segunda-feira (4) técnicos da CEG estiveram no apartamento da sobrinha. “O pessoal da CEG foi no local, verificou o bujão dela, o sistema de gás dela, verificou tudo, ‘olha, tá tudo ok, filha, aqui não tem vazamento nenhum’”, contou Machado dos Santos.
A CEG disse que esteve no condomínio todas as vezes que foi chamado. Em março, foram quatro vezes e a companhia afirmou que em todas as visitas os técnicos consertaram os vazamentos que encontraram. A empresa disse ainda que em dezembro foi feita uma varredura na rede de gás e que nenhuma anomalia foi identificada.
Essa foi a terceira explosão provocada por vazamento de gás em menos de um ano no Rio. Uma ocorreu em maio do ano passado, em um prédio em São Conrado, na Zona Sul, que deixou uma pessoa morta. A outra foi em outubro, em São Cristóvão, que deixou oito feridos.
Prédio interditado
De acordo com a Defesa Civil, apesar dos danos no piso e em colunas de sustentação do prédio, não há risco de desabamento da estrutura. “O afastamento de algumas colunas não está caracterizando risco pro prédio desabar, essa possibilidade já descartamos. No entanto, todo o prédio vai precisar ficar interditado para recuperação”, afirmou o subsecretário de Defesa Civil, Marcio Motta.
De acordo com a Defesa Civil, apesar dos danos no piso e em colunas de sustentação do prédio, não há risco de desabamento da estrutura. “O afastamento de algumas colunas não está caracterizando risco pro prédio desabar, essa possibilidade já descartamos. No entanto, todo o prédio vai precisar ficar interditado para recuperação”, afirmou o subsecretário de Defesa Civil, Marcio Motta.
Ao todo, quarenta famílias moram no condomínio. Os moradores foram autorizados a entrar apenas para retirar objetos pessoais. A prefeitura contratou uma empresa para cuidar da segurança do condomínio diariamente enquanto ele estiver interditado.
O prefeito Eduardo Paes esteve no local e foi bastante vaiado pelos moradores. Ele prometeu dar uma ajuda de custo de R$ 1 mil mensal a cada família atingida.
"A prefeitura está pedindo que as pessoas ou vão para a casa de parentes ou tem um hotel aqui próximo que a prefeitura vai pagar a hospedagem das pessoas, mas de imediato já trouxe uma empresa pra assumir a obra do prédio e vamos dar uma ajuda de custo para essas famílias no período que essa obra não estiver pronta. Tudo isso a gente vai fazer pela lentidão da companhia de gás de dar respostas. A gente não pode deixar as pessoas sofrendo, eles vão ter que pagar essa obra, vão ter que indenizar as pessoas e vão ter que responder pelos atos deles", explicou o prefeito.
A tarde, a prefeitura informou, em nota, que apenas uma família aceitou hospedagem em hotel. Outras 37 famílias foram abrigadas em casas de parentes e uma seguia hospitalizada. A prefeitura destacou que 33 famílias já receberam R$ 1 mil, que serão pagos mensalmente a título de auxílio até que possam retornar aos seus apartamentos. A prefeitura disse ainda que além de custear o valor do serviço funerário das vítimas, disponibilizou transporte para levar os moradores para as casas de seus familiares e alimentação durante todo o dia.
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Vítimas
A maior parte dos moradores dormia quando a explosão aconteceu. Três pessoas morreram no local e outras duas a caminho de hospitais. Entre os feridos, sete foram levados para hospitais. Conforme informou o RJTV, à noite, cinco pessoas continuavam internadas, com quadro de saúde estável. Confira abaixo a lista completa das vítimas.
Mortos na explosão:
Rosane A. Oliveira, de 55 anos
Francisco G. Oliveira, de 55 anos
Karen Nicácio de Melo, de 13 anos
Mortos a caminho do hospital
José dos Santos, de 85 anos
Maria de Lourdes do Santos Machado Filha, de 31 anos
A maior parte dos moradores dormia quando a explosão aconteceu. Três pessoas morreram no local e outras duas a caminho de hospitais. Entre os feridos, sete foram levados para hospitais. Conforme informou o RJTV, à noite, cinco pessoas continuavam internadas, com quadro de saúde estável. Confira abaixo a lista completa das vítimas.
Mortos na explosão:
Rosane A. Oliveira, de 55 anos
Francisco G. Oliveira, de 55 anos
Karen Nicácio de Melo, de 13 anos
Mortos a caminho do hospital
José dos Santos, de 85 anos
Maria de Lourdes do Santos Machado Filha, de 31 anos
Vítimas liberadas no local:
Renata C. Lima, de 34 anos
Lenira M. Costa, de 79 anos (recusou remoção)
Vítimas encaminhadas para o Hospital Estadual Carlos Chagas:
Fernando C., de 56 anos
José J. Santos, de 69 anos
Ednei S. Silva, de 41 anos
Vítimas encaminhadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer:
Luiz P. Silva, de 72 anos
Alzemira C. Silva, de 58 anos
Renata C. Lima, de 34 anos
Lenira M. Costa, de 79 anos (recusou remoção)
Vítimas encaminhadas para o Hospital Estadual Carlos Chagas:
Fernando C., de 56 anos
José J. Santos, de 69 anos
Ednei S. Silva, de 41 anos
Vítimas encaminhadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer:
Luiz P. Silva, de 72 anos
Alzemira C. Silva, de 58 anos
Vítimas encaminhadas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas:
Paulo R. Pereira, de 35 anos
Jociara S. Nicácio, de 33 anos
Paulo R. Pereira, de 35 anos
Jociara S. Nicácio, de 33 anos
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