sexta-feira, 29 de abril de 2016

Professora aparece abusando de criança de 4 anos em vídeo, diz polícia


Do G1 Rio
A Polícia Civil do Rio investiga se uma professora e um advogado, presos na quarta-feira (27) por suspeita de aliciamento de menores e pedofilia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, fizeram vítimas em outras escolas onde a mulher trabalhou. Segundo os investigadores, em um dos vídeos apreendidos a mulher aparece abusando de uma criança de 4 anos, como mostrou o RJTV.
Meu mundo caiu. Ela [a professora] deve ser banida da sociedade. Deve ficar guardada para o resto da vida"
Pai de uma das vítimas
Nesta quinta (28), a mãe de uma criança de 3 anos foi à delegacia para dizer que está com medo de o filho ter sido uma das vítimas.
"Eu perguntei: 'a sua tia da escola que fez isso com vc?' Ele falou assim: 'Foi'. Eu falei: 'O que ela fez?' Ele falou: 'Ela tirou foto eu assim'. Aí pegou e tirou a roupa e mostrou como ela tirou a foto dele", contou.
'Monstro', diz marido
Uma das vítimas do advogado foi a enteada da professora, de acordo com a investigação. Também nesta quinta (28), o marido da professora, pai da vítima, desabafou na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), no Centro. Na época, a enteada da professora, hoje com 17 anos, tinha apenas 9.
"Ela é um monstro. Meu mundo caiu. Ela deve ser banida da sociedade. Deve ficar guardada para o resto da vida. Não consigo olhar para a cara dela", desabafou o pai da adolescente, que está se divorciando da mulher. "Acabou com a minha família, acabou com tudo".
Ele afirmou que só soube das suspeitas de abusos pela polícia. Além da menina que, segundo policiais, foi vítima de abusos, ele e a professora tem um filho de 7 anos. "Ela sempre destratou ela e os meus outros três filhos do primeiro casamento", disse.
Apesar de ambos serem casados, a professora e o advogado se relacionavam há 14 anos.
Aliciamento na creche
A dona da creche também compareceu à delegacia para prestar depoimento. A instituição atende crianças de 1 a 4 anos.
"Estou me sentindo arrasada. Eu confiava nela, conhecia ela desde criança. Ela é minha vizinha de bairro. Os pais dela acolheram minha família, minha mãe com três filhos pequenos, quando nossa casa foi a leilão. Eu a empregava há dois meses, por gratidão à família dela. Nunca desconfiei de nada. Ela era uma ótima professora. Nunca nem vi ela usando o celular na escola", disse Viviane Carvalho, dona da creche, que reconheceu fotos de duas crianças, das 25 matriculadas.
A delegada Cristiane Bento disse que vai ouvir os responsáveis pelas crianças matriculadas na creche. Segundo ela, fotos, vídeos e mensagens em redes sociais trocadas entre a professora e o advogado não deixam dúvidas sobre o caso.
"Ela só admitiu o aliciamento de menina de 9 anos, em 2007. Ele negou tudo. Mas as provas são irrefutáveis. Em princípio, a creche e a dona do estabelecimento não têm nenhuma ligação com o caso", explicou a delegada.
Cristiane disse que a professora recebeu dinheiro pelo aliciamento da primeira criança, mas disse não se lembrar da quantia. As mensagens trocadas entre os suspeitos mostram que a professora estava fazendo amizade com a mãe de uma criança de 4 anos para conseguir levar a menina para o advogado.
A professora e o advogado vão responder pelos crimes de estupro de vulnerável e de armazenamento de fotos pornográficas de crianças. A pena por esses crimes é de 20 anos de prisão.
Na delegacia, os dois negaram as acusações. Para o Jornal Nacional a mulher negou ser aliciadora, mas ao ser perguntada sobre fotos em que aparecia com crianças nuas ela disse que foi uma única vez.  "Crianças, não, uma única criança, só, foi uma única vez", disse
Prisão decretada
Segundo a polícia, ele contava com o apoio da professora da creche em Duque de Caxias para praticar os crimes. Ele aliciava as crianças e as levava para motéis. A professora foi presa no final da tarde e teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
Casado e pai de dois filhos, o advogado e contador usava as redes sociais para manter contato com a mulher, de acordo com informações da polícia.
Ela enviava fotos e vídeos das partes íntimas das crianças para o homem e, também pela internet, ajudava a marcar encontros dele com as vítimas em motéis.
Advogado foi preso em casa, suspeito de pedofilia, durante ação policial na manhã desta quarta-feira (27) no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)Advogado foi preso em casa, suspeito de pedofilia, durante ação policial na manhã desta quarta-feira (27) no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário