Um dos suspeitos de matar o cobrador de ônibus Ramon Alves, de 22 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (1), em Cariacica, no Espírito Santo. Iago de Souza Elias, de 18 anos, nega participação, mas foi reconhecido por uma testemunha.
Ramon foi morto na segunda-feira (29) enquanto tentava recuperar sua moto que havia sido furtada próximo ao terminal de Campo Grande, em Cariacica. O encontro foi marcado, mas ao chegar ao local, o jovem foi surpreendido pelos criminosos, que atiraram contra ele.
Segundo o delegado João Paulo Pinto, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cariacica, Ramon teve a moto roubada e divulgou o caso no Facebook, com seu número de celular. A mensagem foi compartilhada até chegar nas mãos dos bandidos que roubaram a moto.
Os criminosos ligaram para a vítima e cobraram R$ 2 mil para devolver a moto. Para ir ao encontro, Ramon chamou um amigo e três policiais militares. Mas um olheiro viu os PMs e avisou aos suspeitos, que mataram Ramon e fugiram.
“Localizamos o Iago em Alecrim, Vila Velha, às 12 horas. Ele nega que participou do crime, mas sabia detalhes do caso e apontou os autores em dois endereços, em Prolar, Cariacica. Na primeira casa encontramos a Honda Tornado 250 amarela de Ramon, identidades de várias pessoas, peças de outras motos e um extrato contendo um CPF. Na segunda casa encontramos uma garrucha, cinco papelotes de cocaína e os documentos do mesmo dono do extrato com CPF”, disse o delegado João Paulo Pinto.
A testemunha o reconheceu como um dos suspeitos que atirou. A testemunha ainda descreveu a roupa que ele vestia e as peças foram encontradas na casa do suspeito. Ele foi apresentado à imprensa e se defendeu.
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“Me reconheceram, mas todo preto é igual. Sei quem cometeu o crime porque são meus colegas e eles me contaram”, afirmou Iago de Souza.
Ele foi autuado por homicídio e tentativa de homicídio qualificados por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, posse ilegal de arma, uso de drogas e receptação da moto.
Os outros dois envolvidos foram identificados e estão sendo procurados.
Olheiro denunciou presença de policiais
Um dia após o assassinato do cobrador, a polícia esclareceu a dinâmica do crime. Segundo o delegado João Paulo Pinto, da DCCV de Cariacica, no momento do encontro com os criminosos, dois PMs aguardaram em um carro, um terceiro PM em uma moto e o amigo de Ramon ficou em outro carro.
Olheiro denunciou presença de policiais
Um dia após o assassinato do cobrador, a polícia esclareceu a dinâmica do crime. Segundo o delegado João Paulo Pinto, da DCCV de Cariacica, no momento do encontro com os criminosos, dois PMs aguardaram em um carro, um terceiro PM em uma moto e o amigo de Ramon ficou em outro carro.
“O olheiro viu o amigo de Ramon e exigiu que o cobrador o chamasse, para evitar que o amigo acionasse a polícia. Os PMs orientaram Ramon a não sair da rua principal. Ao verem que ele entrou em um matagal, foram na direção dele, quando ouviram o tiro. O olheiro já havia falado que os PMs estavam ali”, disse o delegado.
O delegado condenou a atitude dos PMs e disse que eles deveriam orientar Ramon a procurar a delegacia. “Mas eles disseram que Ramon iria ao encontro com ou sem os policiais”, completou.
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