Professores em greve e estudantes nas ruas de Campos contra Pezão
Professores da rede estadual de ensino deflagraram uma greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira(02), e pela primeira vez recebem apoio dos estudantes. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, visto que as escolas enfrentam inúmeros problemas, como falta de merenda, de segurança e material didático. Em Campos, estudantes de diversas escolas saíram em passeata pelas ruas centrais na manhã desta quarta-feira para apoiar a greve e protestar contra o Governo Pezão pela situação precária nas escolas.
O funcionalismo estadual, com a liderança do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), fará um ato de protesto contra o governador Luiz Fernando Pezão. Ainda hoje, estudantes programam outros atos em outros pontos de Campos. Até o momento, foram confirmados atos na Praça do Liceu de Humanidade de Campos, e na praça do bairro IPS.
Na escola Sílvio Bastos Tavares, no Parque Rosário, a diretora Waleska Murad solicitou a presença da Polícia Militar em função de um grupo de estudantes de outras escolas que estaria tentando entrar na unidade.
Segundo Débora Andrade, Assessora da Diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), dois ônibus com representantes da educação saíram em direção ao Rio de Janeiro, onde participarão de uma assembleia para decidir o formato da greve. “Nessa assembleia se decidido se a greve será de ocupação nas escolas e se será uma greve de rua”, disse Débora.
De acordo com a assessora, ainda não é possível saber quais escolas e quantos profissionais aderiram ao movimento.
Ato dos estudantes
Estudantes das escolas XV de Novembro , João Pessoa, Liceu e Nilo Pessanha se reuniram na Praça do Liceu nesta manhã e saíram em passeata pela Avenida Alberto Torres, em direção ao Centro da cidade.
Eles apoiam a greve dos professores e reiteram os problemas nas instituições da rede estadual, como falta de segurança, falta de merendeiras, e péssimas condições das instituições. Um aluno, inclusive relatou que na escola Nilo Pessanha, não há água para beber.”A gente acaba de fazer educação física e não tem água para beber, e às vezes, a diretora dispensa a gente às 9h porque não tem água na escola. Isso é um absurdo”, disse o estudante Pedro Henrique Santos.
Reivindicações
Os profissionais reivindicam reajuste salarial, melhores condições de trabalho e protestam contra o projeto de reforma da Previdência do governo do Rio à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que aumentará o desconto de 11% para 14%.
Segundo Norma Dias, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), em Campos, a categoria fará esse movimento nesta quarta-feira(02), no mesmo dia em que haverá o ato de todos os servidores nas escadarias da Alerj, a partir das 15h.
“Nossa assembleia vai definir o formato da nossa greve, ou seja, alguns pontos que precisamos decidir obre o ato, como por exemplo, o tempo em que vamos permanecer em greve. Chegamos ao último instrumento de luta. Tentamos de várias formas e não tivemos outra saída, a greve”, relata Norma.
Ainda de acordo com a coordenadora, as instituições de ensino estão precárias. “Tem escola que não tem condição de iniciar se que o ano letivo”, conta.
Norma destaca ainda a participação dos profissionais da rede estadual na assembleia prevista para às 10h é de suma importância.
‘Estamos lutando contra os pacotes de maldade do governador Luiz Fernando Pezãocontra o funcionalismo estadual”, finalizou Norma Dias.
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