Carlos Grevi
Jovem, que seria um empresário no ramo de venda de cestas básicas, foi preso em casa
Em coletiva realizada neste sábado (22/03), o delegado adjunto da 146ª Delegacia Legal, Pedro Emílio Braga, explicou detalhes a respeito das investigações que levaram a prisão do homem apontado como mandante do crime contra a idosaLuzia Lopes Helen, de 61 anos.
De acordo com o delegado, o suspeito, F.P.M., 27 anos, seria o autor intelectual do homicídio, ou seja, o mandante do crime. Ele foipreso no fim da tarde de sexta-feira (21/03) no bairro Jardim Boa Vista, em Campos.
O delegado informou que foram levantados alguns endereços durante as diligências investigatórias da polícia. “Nós conseguimos chegar a prisão dele no final da tarde. Primeiro fomos à casa do sogro, em Custodópois, e não o encontramos e depois nos dirigimos para os demais endereços”, informou.
Na casa do suspeito, que de acordo com Pedro Emílio é um empresário que trabalha no ramo de venda de cestas básicas, foram aprendidos alguns documentos que, segundo o delegado, se não comprovam, indicam a participação do jovem no crime. “São documentos físicos que demonstram a participação de negócios jurídicos com pessoas que vem sendo apontadas como outras vítimas de extorsão. Então ele utiliza negócios jurídicos para mascarar as suas supostas extorsões”, revelou o delegado acrescentando que outras pessoas (possíveis vítimas de extorsão) serão ouvidas na continuidade das investigações.
Pedro Emílio contou que o suspeito confessara apenas a existência da dívida, das cobranças reiteradas à residência da vítima e até mesmo de ter se utilizado o poder intimidatório do tráfico para efetuar as cobranças à senhora.
O CRIME SEGUNDO AS INVESTIGAÇÕESConforme as investigações, duas pessoas teriam se dirigido até a casa de Luzia e a chamaram no portão. A neta da vítima foi quem teria atendido os homens, que teriam entregado a ela uma nota promissória, em razões de dívidas passadas e também do seu genro, genro este que teria entrado em acordo com o F., já que ele também devia ao agiota.
A menina então levou o título de crédito até a avó, que teria dito que não assinaria, já que outros valores já vinham sendo cobrados sistematicamente, e segundo o delegado, ela já havia pagado inclusive, um valor bastante superior a dívida inicial que era de R$2.500, e juros abusivos continuavam sendo colocados. A dívida teria se prolongado por um ano.
“Temos notícia de que, uma vez tratada a data para pagamento da parcela, era fixada um valor de R$ 100/dia, de forma que se tornaria completamente impossível a quitação dessa dívida. Então já tinha se perdido qualquer vínculo com essa dívida inicial, tornando-se uma extorsão pura e simples. Então chegou uma hora que ela [vítima ] resolveu dar um basta. Ele [suspeito] já tinha até retirado eletrodomésticos da casa dessa senhora. Estando certa de que não assinaria aquela nota, mas ainda continuaria quitando as dívidas, ela se virou para entrar em casa, no momento em que o executor subiu no muro e efetuou vários disparos na direção dela, vindo a conseguir dar cabo da vida da senhora, depois subiu na garupa da moto e foi embora. Inclusive esse executor chegou dar o nome de Tiago, só que segundo a oitiva da neta da vítima, ele já havia aparecido na casa dando outros nomes como Bruno, então provavelmente é um nome falso”, contou Pedro Emílio.
F. será indiciado por homicídio duplamente qualificado como mandante. “As investigações continuam em buscas dos executores e iremos abrir um inquérito independente para avaliar essas extorsões”, concluiu o delegado.
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