segunda-feira, 24 de março de 2014

POLÍCIA APREENDE HOMEM QUE MATOU JOVEM APÓS DISCUSSÃO DE TRÂNSITO


Suspeito confessou ter feito quatro disparos contra a vítima após colisão
 Carlos Grevi

Suspeito confessou ter feito quatro disparos contra a vítima após colisão

O delegado titular da 134ª Delegacia Legal do Centro, Geraldo Rangel e o adjunto da unidade, José Paulo Pires, apresentaram na manhã desta segunda-feira (24/03), o autor, confesso, dos disparos que atingiram e mataram o jovem Felipe Leite Vieira, de 29 anos, depois de uma discussão após colisão no Centro de Campos na noite do último sábado (22/03), no cruzamento das ruas Carlos Lacerda e Tenente Coronel Cardoso.
Rondinely Mendes Natal, de 31 anos, foi localizado após denuncia feita na noite deste domingo (23/03), por familiares dele, dando conta de que estaria na casa de uma irmã, em Macuco, na Região Serrana do Estado.
“Nós gostaríamos de ressaltar essa ajuda, por que na verdade a pessoa que auxilia de qualquer forma quem pratica um crime está praticando um crime de favorecimento, então, muitas vezes não querem ser responsabilizadas criminalmente e acabam ajudando a Polícia a encontrar o foragido”, explicou Geraldo.
O delegado disse ainda que a prisão temporária do suspeito por 30 dias já havia sido decretada, através do plantão judiciário de São Fidélis. Na noite deste domingo, Rondinelly já era considerado foragido.
A Polícia Militar de Macuco foi acionada em apoio, diante da iminência de fuga do suspeito, durante o deslocamento dos policiais de Campos. Rondinely foi encontrado próximo ao endereço fornecido, sendo encaminhado para a delegacia de Friburgo, onde o registro de cumprimento de mandado foi feito. A esposa do suspeito também foi ouvida na delegacia de Friburgo e narrou todo o acontecido antes, durante e depois do crime.
“Ela estava no carro com ele, disse tudo que aconteceu e a partir daquele momento ele também confessou e narrou como ele fez agora e foi exatamente isso. Não houve discussão, ele pegou a arma no porta-luvas do carro, efetuou quatro disparos, demonstrando uma frieza total”, contou o delegado titular.
Em entrevista coletiva, Rondinely disse que após a discussão foi até o carro, pegou o revólver que estava no porta-luvas do carro e efetuou quatro disparos. Rondinelly disse ainda que nunca havia atirado antes, que o revólver era do primo e que o mesmo já tinha passagem pela polícia e por isso ficou a cargo dele fazer o transporte da arma.
O homem disse que cometeu o crime por causa do acidente. Ele estava indo para Grussaí, e estava a procura de um hotel. Ele disse que tinha tomado duas cervejas, que não é habilitado, que era proprietário do carro e que estava em companhia da esposa e dois filhos.
Segundo Rondinelly, após o crime, a esposa e os filhos desceram do carro e foram para o veículo do primo, enquanto ele seguiu sozinho.
O atirador revelou que a bebida sempre o deixou nervoso e embora tenha admitido que a vítima não o ameaçou de morte, disse ter sentido medo quando a mesma teria dito que “não iria ficar assim”. Ele disse ter ficado com medo, quando a vítima foi andando em direção ao carro.
O homem contou que a vítima disse que iria acionar a polícia e que ele ficou com medo, já que a intenção era acertar os prejuízos somente entre as partes. O problema em acionar a polícia seria a ausência de habilitação e a documentação atrasada do carro, em um ano, além de estar alcoolizado.
Rondinelly confessou ter feito quatro disparos em direção à vítima, quando ele estava de lado, indo em direção ao seu veículo. Em contradição com o que disse anteriormente, de que o sobrinho teria seguido com sua família enquanto ele seguiu sozinho em seu veículo, disse que depois do crime o sobrinho se desfez do carro enquanto ele fugiu para a casa da irmã.
Ao descobrir que a vítima seria filho de um policial civil, Rodinelly disse ter ficado preocupado.
“Fiquei preocupado por que eu já estava errado. Mesmo se ele fosse uma pessoa comum eu já estava errando. Eu não podia ter feito isso. Se eu soubesse que era não faria isso nunca”, disse o assassino.
Os delegados disseram ainda que a polícia chegou à conclusão de que houve crime também por parte do sobrinho de Rondinelly, J.M.N., pelo favorecimento pessoal e real, por ter guardado a arma do crime, um revólver calibre 38 que ainda não foi localizado, e por ter auxiliado o tio na fuga. O inquérito será concluído e encaminhado à Justiça e J., que já tem várias passagens, vai ser indiciado por porte de arma de uso permitido, favorecimento real e pessoal.
“Essa história de estar arrependido, para quem efetua quatro disparos, para a Polícia é uma falácia, por que você efetua o primeiro e depois mais três, sem existir discussão, indo ao carro pegar a arma de fogo que estava no porta-luvas. Tecnicamente falando, e nós temos muita experiência nisso, demonstra uma frieza. Agora ele está a disposição da Justiça para responder por homicídio duplamente qualificado”, finalizou Geraldo acrescentando que a qualificação do crime está no fato de ter sido por motivo torpe e por não dar possibilidade de defesa à vítima.
O delegado Paulo Pires informou que a vítima foi atingida por um tiro no peito e outros três pelas costas, enquanto tentava fugir do atirador. O fato teria sido confirmado por laudo pericial.



Fonte: URURA
U

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