Os corpos das vítimas da explosão no prédio em Fazenda Botafogo, no Subúrbio do Rio, nesta terça-feira (5), foram enterrados na tarde desta quarta-feira (6). Rosane Oliveira, Francisco Oliveira e Karen Nicácio de Melo morreram no local, enquanto José dos Santos e Maria de Lourdes dos Santos faleceram a caminho do hospital.
A única vítima que ainda permanece internada é Jociara dos Santos Nicácio, de 33 anos. A mãe de Karen, uma das vítimas, permanece internada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio. O estado de saúde é estável.
A única vítima que ainda permanece internada é Jociara dos Santos Nicácio, de 33 anos. A mãe de Karen, uma das vítimas, permanece internada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio. O estado de saúde é estável.
Rosane, que era secretária, morreu junto com o marido, o pintor Francisco. Amiga de Rosane há mais de 30 anos, a assistente administrativa de vendas, Maysa Laura Dias, disse que o recebimento da notícia na empresa foi um momento de tristeza.
"É um momento muito difícil. Quando eu recebi a notícia foi muito triste, a empresa praticamente parou. Ela era muito querida, é uma notícia muito ruim de receber. Eu estava saindo para o trabalho quando recebi a notícia, fiquei sabendo até por um cliente que mora no condomínio onde eu moro. Nós trabalhávamos há 19 anos juntas nessa empresa. Quando cheguei na empresa estava todo mundo chorando", disse Maysa.
"Eram duas pessoas maravilhosas e um casal inseparável. Tanto que terminaram seus dias juntos", disse Marlene Magalhães, amiga e vizinha do casal. O filho, Luiz Guilherme, muito abalado, não quis falar após o enterro dos pais.
Na terça, em entrevista ao Bom Dia Rio após o acidente, ele fez um desabafo emocionado sobre o acidente. Nesta quarta, chegou aos prantos ao cemitério, e se ajoelhou entre o caixão dos pais. Depois, elogiou a Prefeitura e criticou a Ceg, que, em sua avaliação, está "preocupada em saber quem está certo ou errado". Ainda segundo ele, o cenário no local após a explosão era parecido com um cenário de "guerra".
Andrea Tavares, tia de Karen, grávida de sete meses de Ágata Sofia e moradora do mesmo prédio que a irmã, Jociara Nicacio. "Era uma menina cheia de vida, a dor é imensa", diz ela, que acusa a companhia de gás de negligência.
"Várias vezes eu mesma liguei para a CEG, eles mandavam um técnico, que olhava e dizia não haver problema. Eles sempre diziam ter dado um jeitinho, mas não resolviam nada. Agora estamos sem moradia, não recebemos nenhum apoio".
"Várias vezes eu mesma liguei para a CEG, eles mandavam um técnico, que olhava e dizia não haver problema. Eles sempre diziam ter dado um jeitinho, mas não resolviam nada. Agora estamos sem moradia, não recebemos nenhum apoio".
Sérgio de Souza, marido de Andrea, contou que na hora da explosão, o chão levantou e jogou todo mundo para o alto. "Arranquei duas janelas para tirar meu filho e meu enteado, pois a porta já estava bloqueada por escombros. Vamos entrar com ação coletiva contra a CEG, nosso apartamento foi totalmente destruído e até agora ninguém nos procurou. Só a prefeitura está nos dando assistência".
A mãe da menina, com vários ferimentos decorrentes da explosão, está internada e ainda não sabe da morte da filha. "O que vai ser da minha irmã sem a única filha? A toda hora ela pergunta pela Karen", lamentava Andrea.
"Minha filha já sofria com esse problema há mais de cinco anos. Ela foi embora com 31 anos. A gente perde a vontade de acreditar no estado, a cada dia vemos uma tragédia. Perdoa, filha, por você ter nascido num país de incompetentes e corruptos", disse Paulo Machado, pai de Maria de Lourdes dos Santos, outra das vítimas da explosão.
49 reclamações à CEG
A explosão aconteceu em um conjunto habitacional na Rua Omar Fontoura, perto da Rua Pedro Jório. De acordo com a Defesa Civil, a explosão pode ter sido provocada pelo vazamento de gás. O condomínio é ligado à tubulação da Companhia Estadual de Gás (CEG), mas segundo Cristiane Delarte, gerente de gestão de rede da concessionária, dos 40 apartamentos, só 19 utilizavam o gás canalizado pela empresa.
"Minha filha já sofria com esse problema há mais de cinco anos. Ela foi embora com 31 anos. A gente perde a vontade de acreditar no estado, a cada dia vemos uma tragédia. Perdoa, filha, por você ter nascido num país de incompetentes e corruptos", disse Paulo Machado, pai de Maria de Lourdes dos Santos, outra das vítimas da explosão.
49 reclamações à CEG
A explosão aconteceu em um conjunto habitacional na Rua Omar Fontoura, perto da Rua Pedro Jório. De acordo com a Defesa Civil, a explosão pode ter sido provocada pelo vazamento de gás. O condomínio é ligado à tubulação da Companhia Estadual de Gás (CEG), mas segundo Cristiane Delarte, gerente de gestão de rede da concessionária, dos 40 apartamentos, só 19 utilizavam o gás canalizado pela empresa.
Morador do local, o assistente de câmera Edson Santana contou que foram feitas 49 reclamações à companhia sobre o problema, e que moradores de um dos prédios chegaram a fazer um pedido de troca das tubulações de gás, o que foi feito pela CEG. "Provavelmente a tubulação nova não aguentou a pressão e aí aconteceu isso", comentou.
Apesar do desabamento ter sido descartado, os moradores deste prédio precisarão ficar fora de casa até que a Defesa Civil faça toda a avaliação estrutural e reparos necessários. Ao todo, 39 famílias estão desalojadas. O prédio tem cinco andares, oito apartamentos por andar, e cerca de seis unidades tiveram seu piso afundado.
'Foi um estrondo horrível'
Uma das moradoras do prédio atingido pela explosão é uma senhora de 86 anos. Dona Marina de Carvalho mora com o filho no quinto andar e estava acordada na hora. "Foi um estrondo que parecia que estava desabando o mundo. Meu filho me levantou, porque minhas pernas travaram e ele falou que o prédio estava desabando" contou Marina.
Uma das moradoras do prédio atingido pela explosão é uma senhora de 86 anos. Dona Marina de Carvalho mora com o filho no quinto andar e estava acordada na hora. "Foi um estrondo que parecia que estava desabando o mundo. Meu filho me levantou, porque minhas pernas travaram e ele falou que o prédio estava desabando" contou Marina.
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