terça-feira, 5 de abril de 2016

Moro mantém dono de jornal preso e solta ex-tesoureiro do PT



CURITIBA, PR - 01.04.2016: PRESOS LAVA JATO - Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT preso da 27ª fase da Operação Lava Jato - fazem exames de corpo de delito no IML de Curitiba, na tarde desta sexta-feira. (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Fotoarena)Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT preso da 27ª fase da Operação Lava Jato – (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Fotoarena)
O juiz federal Sérgio Moro determinou, no início da noite desta terça-feira a conversão de prisão temporária em prisão preventiva do empresário Ronan Maria Pinto, proprietário do Diário do Grande ABC, preso na 27ª fase da Operação Lavba Jato, a Carbono 14. Na mesma decisão, o magistrado determinou a soltura do ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, por reputar ausentes os pressupostos suficientes para a decretação da prisão preventiva.
Moro considerou que os indícios da participação de Sílvio Pereira nos empréstimos concedidos a Ronan ainda precisam ser melhor apurados, não havendo, assim, motivos para a prisão preventiva do petista. No entanto, o juiz estipulou algumas condições para a liberdade do investigado: a proibição de deixar o país, devendo entregar o passaporte no prazo de três dias e compromisso de comparecimento aos atos do processo, inclusive atendendo intimações da autoridade policial e do MPF por telefone.
Já quanto a Ronan, o magistrado considerou que o histórico criminal do empresário, com cinco ações penais e pelo menos uma delas com condenação por crimes graves, ainda que sem trânsito em julgado, “indica risco à ordem pública, especificamente de reiteração criminosa, máxime quando ele ainda remanesce como proprietário de empresas de transporte urbanos na mesma municipalidade”.
Além disso, cita o juiz, o modus operandi da prática dos crimes pelos quais foi condenado, com intimidações e ameaças a empresários, indica igualmente risco à investigação e à instrução, “já que testemunhas relevantes para esta investigação e para a instrução poderão também ser vítimas de práticas equivalentes”.
Assim Moro decidiu pela prisão preventiva do empresário, acusado de ser o destinatário de R$ 6 milhões dos R$ 12 milhões que o pecuarista José Carlos Bumlai intermediou junto ao Grupo Schahin, em favor do PT.
Fonte: UOL

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