A Polícia Civil do Rio indiciou nesta terça-feira (5) a ex-deputada estadual, Graça Pereira, do PRTB e o ex-vereador Jorge Pereira, do mesmo partido, por peculato - uso indevido de dinheiro público - e por associação criminosa. De acordo com a polícia, o casal é suspeito de ter desviado R$ 2 milhões dos cofres públicos. Os crimes foram cometidos entre 1996 e 2012.
Segundo a polícia, as investigações mostram que 12 funcionários lotados na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal nunca frequentaram os gabinetes dos dois políticos. Eles trabalhavam em Centros Comunitários e recebiam R$ 2 mil por mês. Parte do dinheiro era repassada para a ex-deputada, que já foi cassada, e para o ex-vereador. A polícia concluiu que eles usavam o esquema para conseguir votos.
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Os agentes descobriram que o casal contratava funcionários fantasmas para trabalhar na Câmara de Vereadores e na Alerj. Os supostos empregados recebiam as folhas de ponto, mas não precisavam trabalhar. Segundo as investigações, eles faziam apenas contatos com a população de nove centros comunitários para conseguir apoio político. O repasse do dinheiro era feito por Joel Pereira de Souza, Amauri Félix, Manuel Marques da Fonseca e Miguel Ângelo de Castro. Eles também vão responder pelo mesmo crime.
Pelo esquema desvendado, parte do salário dos funcionários era recebido pelo dentista Miguel Ângelo. Ele então prestava contas a Joel Pereira de Souza, irmão do ex-vereador, e responsável financeiro da quadrilha. A função de Amaury Félix era levar as folhas de ponto para os funcionários fantasmas assinarem. Atualmente, a sede do grupo na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, está desativada.
Conforme mostrou o RJTV, a ex-deputada negou em depoimento que houvesse repasse de dinheiro para alguém da direção do grupo comunitário. Já o ex-vereador, afirmou que seu vínculo com o grupo foi extinto há muito tempo, quando ocorreu uma mudança de novme para " Grupo Comunitário Ação Social e que a ética parlamentar não permitiria que ele assumisse a direção de um grupo comunitário. A produção não conseguiu contato com os outros acusados.
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