Meningite: Veja como diagnosticar e tratar essa doença infecciosa
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População deve ficar atenta aos sintomas com febre, rigidez na nuca e vômito
A suspeita de que a menina Nicolle Manhães, de apenas nove anos, tenha contraído meningite abriu a discussão sobre a doença. Ela morreu na madrugada desta terça-feira (11/06), no Hospital Ferreira Machado (HFM). A morte cerebral já havia sido constatada, mas ela continuava sendo mantida pelos aparelhos da UTI pediátrica.
O Site Ururau
fez uma matéria especial sobre a doença que atinge principalmente pessoas com baixa imunidade. A epidemiologista Elizabeth Tudesco fala sobre causas, prevenção e tratamento. Segundo a especialista a meningite é uma doença que pode ser diagnosticada durante todo o ano, mas que predomina durante as estações mais frias.
“É mais comum durante o outono para o inverno, e do inverno para a primavera, são mais acometidas num período de baixa imunidade principalmente nas crianças e idosos. A meningite é causada por incontáveis bactérias, por fungos, vírus e por outras formas como protozoários, neste último é muito comum em pessoas imunodeprimidos como os portadores do vírus da Aids”, disse.
A especialista explicou que a meningite pneumocócica é bacteriana. “É a principal bactéria causadora de pneumonia e responsável por doenças que atingem os sistemas: respiratório e auditivo. Pode causar otite e sinusite, podendo alcançar as meninges e causar a meningite que é a infecção das meninges. O pneumococo é uma forma não transmissível, mas pode causar sérios danos e até sequelas como surdez e paralisia e evoluir até a morte”, explicou.
Segundo a epidemiologista, o tratamento é à base de antibióticos e em 48 horas o organismo começa a responder, mas se a medicação for tardia essa resposta é menor. “Se a bactéria é mais forte e a imunológica for mais fraca pode iniciar um quadro de infecção grave. Do mesmo modo que a resposta imunológica é boa e a bactéria tem baixa virulência. A meningite tem cura e a pessoa pode ficar sem sequelas”, comentou.
Outra forma de prevenção é a renovação de ar no ambiente, com janelas abertas para que o ar circule pela casa, manter o ambiente limpo, o cartão de vacinação deve estar em dia. Também é importante que o paciente não se automedique caso apresente febre, dor de cabeça e falta de apetite.
De acordo com Elizabeth a meningite meningocócica é aquela que possui um portador sem sintomas. A pessoa contrai a bactéria que fica na parte posterior da garganta e convive com ela.
“Transmite através do contato intimo e prolongado, é repassado para as pessoas mais próximas. Por exemplo, o pai pode contrair e repassar para os filhos. Neste caso é necessário fazer o controle dos portadores. Quando uma pessoa apresenta esse tipo de meningite é preciso fazer um bloqueio com os comunicantes mais próximos, desse jeito fecha a cadeia epidemiológica. Isso pode ser feito em uma creche, num quartel e em um asilo. É necessária a medicação para evitar que o portador passe a bactéria para outras pessoas. Essa medicação é própria prescrita pela saúde pública”, falou.
A epidemiologista disse ainda que a doença meningocócica pode ser desenvolvida em adultos e crianças. Manchas pelo corpo, como se fossem picadas de mosquito, acompanhadas de febre, vômito e dor de cabeça, são os principais sintomas.
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