Ururau / Arquivo
Advogado de defesa diz que os réus não foram informados sobre a denúncia
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/RJ) ofereceu denúncia contra o prefeito de São João da Barra, José Amaro de Souza, o Neco, sua antecessora Carla Machado, o vice-prefeito Alexandre Rosa e outros quatro políticos por formação de quadrilha e corrupção eleitoral. Para a defesa, procuradores querem fazer propaganda das partes envolvidas, pois a denúncia não teria sido lançada nem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Segundo nota da assessoria da PRE/RJ, os crimes foram cometidos durante a campanha para a eleição de 2012, quando eles se uniram para oferecer vantagens indevidas a candidatos da oposição em troca de seu apoio.
Os outros denunciados pelo procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro foram os vereadores Alex Firme (líder do governo) e Elísio Rodrigues e os candidatos não eleitos a vereador Renato Thimóteo e Alex Valentim.
Por telefone o advogado da ex-prefeita Carla Machado, Paulo Ramalho disse aosite Ururau que não se pronunciaria sobre o fato, pois nem o mesmo nem a ré teriam sido informados a respeito da denúncia.
“Isso é uma questão absurda. Eu não consegui ver nada ainda e nem no TRE essa denúncia foi lançada. Os promotores estão fazendo propaganda do destaque e enquanto eu não tiver acesso eu não falo. Eu vou repassar isso ao Conselho Nacional do Ministério Público porque eles não podem ficar divulgando uma coisa, cujas partes não tiveram conhecimento”, reclamou.
A denúncia foi protocolada nesta segunda-feira (10/06) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ). A acusação se baseou em investigações que incluíram buscas e apreensões e as prisões dos políticos na 'Operação Machadada', em outubro passado, às vésperas do primeiro turno.
Na denúncia, a PRE narra que a quadrilha liderada pela ex-prefeita ofereceu dinheiro, cargos na Prefeitura ou participação em suas futuras licitações para políticos adversários desistirem de suas candidaturas, garantindo a seu grupo político uma maior base na Câmara Municipal. Um dos casos de cooptação foi tentado pelos vereadores Alex Firme e Elísio Rodrigues na residência da então prefeita. Já José Amaro foi responsável pela tentativa de cooptação de outro político local.
“Os crimes cometidos pela quadrilha foram ordenados pela ex-prefeita, mas tiveram o aval do atual prefeito José Amaro, pois algumas promessas para obter apoio seriam cumpridas no governo dele”, afirma o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro. “Foi uma ação coordenada com a pretensão de aniquilar a oposição local."
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