'Cabruncos Livres': Mais de três mil pessoas vão as ruas de Campos
Thiago Macedo
Vidro dos fundos da Câmara foi quebrado e policiamento reforçado na Prefeitura
Os “Cabruncos Livres” realizaram em Campos, nesta quinta-feira (20/06) o segundo protesto dos últimos dias, que teve início por volta das 18h, na Praça do Santíssimo Salvador, de onde seguiu para a Câmara e posteriormente seguiram para a sede da Prefeitura.
Os manifestantes voltaram a reivindicar melhorias no transporte público, mais linhas de ônibus e coletivos que trafeguem também pela madrugada. Além disso, os estudantes pediram pela fiscalização do uso dos royalties e que os mesmos sejam investidos em educação e saúde.
O protesto do grupo de estudantes denominado de “Cabruncos Livres” registrou seu primeiro momento de tensão. O advogado Maurício Costa foi agredido fisicamente e verbalmente após tentar se pronunciar durante o ato e ter sido tachado pelos manifestantes como advogado do grupo do deputado federal Anthony Garotinho.
A confusão aconteceu no trio–elétrico que puxava os manifestantes em frente à Câmara de vereadores, no Centro da cidade. O advogado precisou ser retirado do local com escolta policial, tendo a viatura da polícia sido seguida pelos mais exaltados.
“Estavam fazendo protesto sobre várias situações e eu estava protestando sobre o valor da passagem de Campos para o Rio de Janeiro. Subi no trio-elétrico e tomaram o microfone da minha mão quando ia começar a falar. Fui agredido com socos, ponta pés e quebraram meus óculos” relatouMaurício Costa.
O advogado disse ainda que uma pessoa gritou que ele era advogado de Garotinho, momento este em que começou a agressão física e verbal. “Sou advogado de quase toda cidade, já defendi várias causas até mesmo de MST. É provável que tenham pessoas boa índole, mas fui agredido por marginais. Eles são mais ditadores que a própria ditadura”, disse Maurício.
Ainda durante a confusão, manifestantes quebraram um dos vidros dos fundos da Câmara de Vereadores e um vaso de planta. A repórter do Site Ururau, Kelly Maria, chegou a ser impedida de gravar com o advogado e empurrada pelos manifestantes, assim como jornalista Fabiano Venâncio, do Campos 24horas, que sofreu um corte no cotovelo.
Na sede da Prefeitura de Campos, que estava tomada por policiais militares e guardas civis municipais, já que havia boatos de que um grupo estaria preparado para atos violentos e depredação do patrimônio público, mas o mesmo não aconteceu, os manifestantes formaram
um cordão no entorno da grade e gritavam: "Rosinha cadê você, eu vim aqui só pra te ver".
Sem serem atendidos por qualquer representante do poder público, os manifestantes colocaram os cartazes presos na grade da sede da Prefeitura e retornaram para Avenida 28 de Março.
O dono do Aquárius Bar, restaurante que fica em frente à Prefeitura, dispensou clientes e fechou o estabelecimento temendo a violência.
O ato se encerrou por volta das 22h e a estimativa da Polícia Militar é de cerca de quatro mil pessoas participaram do protesto.
MANIFESTAÇÃO PELO BRASIL:Conflito entre manifestantes faz participantes baixarem bandeiras de partidos políticos
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