sexta-feira, 21 de junho de 2013

AUDIÊNCIA DO CASO CÍCERO GUEDES FOI TRANSFERIDO PARA JULHO

Audiência do caso Cícero Guedes foi transferida para julho

Falta de defensor público foi apontada como motivo da transferência
 Thiago Macedo / Reprodução

Falta de defensor público foi apontada como motivo da transferência

A audiência de instrução e julgamento do caso Cícero Guedes foi transferida para o dia 23 de julho deste ano. O motivo foi a falta de defensor público para três dos quatro réus. Integrantes Movimento Sem Terra (MST) e familiares compareceram na 1ª Vara Criminal, do Fórum Maria Tereza Gusmão, e com faixas e cartazes nas mãos eles pediam justiça e que os acusados fossem responsabilizados pelo crime.
Para audiência, que seria presidida pela juíza Elizabete Franco Longobardi, foram convocadas 15 testemunhas de acusação, sendo uma delas incluída no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas – Provita. Pela morte de Cícero foram apontados três suspeitos de serem executores, que respondem ao processo em liberdade, e José Renato Abreu, de 44 anos, como o mandante do crime. Ele está preso na Cadeia Pública de Campos.
A advogada do MST, Fernanda Vieira, disse que a investigação policial foi criteriosa e trouxe provas robustas para a prisão de José Renato. “Existem outros três suspeitos envolvidos que no entender da Polícia Civil tinha elementos suficientes para prendê-los, mas a Justiça entendeu que não. Espero que a polícia zele por mais material para que seja determinada a prisão deles. Esperamos também que José Renato vá a júri popular”, disse Fernanda. 
A advogada observou ainda que além das 15 testemunhas, os três suspeitos foram chamados para testemunhar e que estavam no mesmo ambiente que as testemunhas de acusação, o que as deixam em situação de vulnerabilidade. 
O coordenador do MST, Ermes Oliveira, explicou que José Renato estava no acampamento de Cambaíba há quatro meses antes do crime. “Estamos aqui em solidariedade a família MST, não só contra os crimes da região, mas de todo Brasil. A gente veio manifestar nossa indignação e cobrar justiça. A investigação da polícia foi muito rápida em prender o mandante do crime. Com esses crimes conseguimos trazer o ouvidor agrário nacional para uma audiência pública na UFF e nesta segunda-feira teve outra na Câmara de vereadores”, disse Ermes.
Segundo o coordenador, o Movimento Sem Terra existe desde 84 e perder integrantes como Cícero e Regina, que eram atuantes, deixa uma lacuna no movimento. “Eles não morreram em vão, morreram por uma causa”. 
TRANSFERIDA
A confirmação da troca do dia da audiência foi informada a imprensa pela advogada do MST, Fernanda contou que além de José Renato, dois suspeitos de serem os executores também são defendidos pela Defensoria Pública, mas nenhum representante compareceu ao Fórum.
"A juíza esperou que outro defensor público pegasse a causa, mas os que estavam no local agiram com cautela em não assumir o caso, já que é um processo longo. Eles alegaram que não teriam tempo de analisar o processo e isso poderia prejudicar os réus", explicou a advogada.
Fernanda disse ainda que a preocupação com o atraso da audiência é durante esse período seja pedido para que José Renato responda também em liberdade. 
"Vamos prosseguir com o processo penal, para que o mandante e os executores sejam responsabilizados. O assassinato de Cícero não pode ser mais um caso de homicídio sem solução", finalizou 

Postado por: VALQUÍRIA AZEVEDO

Fonte: URURAU

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