quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PMs são presos por envolvimento em confusão que teve baleado no Rio


Do G1 Rio
Dois policiais militares foram presos administrativamente por envolvimento em uma confusão que terminou com um jovem baleado em Anchieta, na Zona Norte do Rio. Na delegacia, os PMs contaram uma história diferente do que as imagens mostram, como exibiu o RJTV nesta terça-feira (26).
Imagens gravadas na madrugada de segunda-feira (25) mostram o soldado Diogo Wagner da Silva disparando um fuzil durante um bate-boca com rapazes. Os jovens queriam que os PMs ajudassem um amigo que tinha bebido demais. O grupo tinha acabado de sair de um pagode.
A polícia civil analisou as imagens e concluiu que o tiro foi disparado para frente. A bala saiu enquanto o fuzil ainda estava na horizontal.
Caio Carneiro, de 21 anos, foi baleado no quadril. Ele estava a cerca de 30 metros de distância do policial militar. Na delegacia, o soldado disse em depoimento que tentaram puxar a arma dele, e por isso ele atirou.
A versão foi confirmada pelo sargento Cristiano Rosa, que também estava no local e por um dos organizadores do show de pagode. Porém, para o delegado responsável pelas investigações, os dois PMs mentiram no depoimento e mudaram a versão do que realmente aconteceu em uma das ruas do bairro de Anchieta.

PMs indiciados
Por isso, o soldado Diogo Wagner da Silva vai ser indiciado por tentativa de homicídio e fraude processual. O sargento Cristiano Rosa pode responder por falso testemunho.
“O policial contou uma história totalmente ao contrario daquilo e por isso vamos reinquirir isso. Ele tinha que contar a verdade. Analisando o vídeo, vi uma multidão, policial com fuzil, quando posiciona fuzil para pessoa e aciona gatilho assumiu risco de matar alguém”, disse o delegado Hércules Pires do Nascimento.
Caio Carneiro passou por uma cirurgia e continua internado em estado grave no Hospital Salgado Filho, no Méier.
“Arrebentou o garoto todinho por dentro. A bala quase deixou ele paralítico. A saúde do meu filho está em risco, meu filho pode ficar sem andar, ficar paralitico, pode sofrer nova intervenção cirúrgica”, contou o pai de Caio, Carlos Alberto Santa Rosa.

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