Mauro de Souza/Arquivo Ururau
Empresas dizem que não vão dar aumento por falta de tarifa
Profissionais do setor rodoviário de Campos estão em estado de greve e podem realizar uma paralisação na próxima quinta-feira (13/03). A decisão aconteceu durante uma assembleia realizada na noite de quinta-feira (06/03) no Cais da Lapa.
De acordo com o presidente do sindicato, Roberto Virgílio, o mês de março é a data base dos trabalhadores, quando existe aumento salarial e de benefícios.
“Nós estamos em estado de greve, porque o mês de março é a data base da categoria e os trabalhadores estão reivindicando aumento salarial, mas as empresas dizem que não vão dar aumento por falta de tarifa”, disse.
Em Campos, com o programa da 'Passagem Social', o Poder Público cobre o valor de R$ 0,60 dos usuários que pagam R$ 1,00 do valor da tarifa que é de R$ 1,60. Segundo informações do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) os repasses das empresas estão em dia..
Os cerca de dois mil trabalhadores, entre motoristas e cobradores, reivindicam aumento salarial de 17%, plano de saúde, além de outros benefícios. Segundo Virgílio, caso as revindicações não sejam atendidas, os trabalhadores irão realizar uma paralização já nas primeiras horas do dia 13.
SEM ACORDO COM O SINDICATONa noite do dia 06 de fevereiro, por uma hora e meia, motoristas e cobradores como forma de protesto pararam suas atividades desde às 19h30. A ação uniforme culminou em grande confusão principalmente no centro da cidade, onde há maior número de usuários neste horário. Em vários outros pontos o drama foi vivido por milhares de pessoas que precisam utilizar o transporte público na cidade.
O recado foi para os empresários e para o Poder Público, que sofre diretamente o efeito da revolta da população.
Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Roberto Virgílio declarou que a motivação estava no não cumprimento por parte das empresas com o pagamento em dia do quadro de funcionários, com o mínimo de 15 dias de atraso no melhor dos casos. Havia caso de empresas que não havia pago nem mesmo o 13º de seu quadro funcional.
Para inflamar ainda mais a revolta dos profissionais do transporte público na cidade, teria havido por parte do Sindicato Patronal o anúncio antecipado de que em 1º de março, data base de reajuste salarial não haveria nenhum aumento para a classe, que pelo Sindicato da capital estimava-se a proposta de 17% de aumento, sendo que nem mesmo uma contraproposta se apresenta.
Na pauta de reivindicação ainda estão uma série de solicitações que se arrastam ao longo dos últimos anos que são redução da carga horária de 8h para 6h e intervalo de 30 minutos a cada duas horas trabalhadas; cesta básica de R$ 300,00, além de ajuda para a compra dos uniformes, já que há a informação de que os próprios funcionários são obrigados a arcar com esse custo.
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