quarta-feira, 5 de março de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR SITUAÇÕES DAS QUEIMADAS NA REGIÃO


Evento está marcado para o dia 19 de março no auditório da Cândido Mendes
 Mauro de Souza/Carlos Grevi/Arquivo

Evento está marcado para o dia 19 de março no auditório da Cândido Mendes

O Ministério Público Federal (MPF) de Campos irá realizar no próximo dia 19 de março uma audiência pública para discutir a situação das queimadas na região. O evento acontece entre 13h e 18h30 no auditório da Universidade Cândido Mendes, no Parque São Caetano.
Com o tema “Repensando as queimadas: a cana como fator de desenvolvimento humano”, o evento pretende debater os efeitos das queimadas à saúde e ao meio ambiente, e também a cana como fator de desenvolvimento humano. Para o MPF, a cana possui grande importância na economia local e deve contribuir para uma melhor qualidade de vida dos plantadores, bem como da população em geral.
De acordo com o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), Frederico Paes, a indústria irá apresentar, em 30 minutos, tudo que já foi feito e que ainda faz para reduzir a prática de queimadas na região.
“A não queima é muito importante não só em termos econômicos, mas em questões ambientais também. Iremos mostrar ao MPF e à população, o que temos feito para redução dessa prática, que faz parte da Lei 5990/2011, que prevê eliminação das queimadas em até 2020”, informou o presidente mencionando que esse prazo é necessário para que os produtores possam se adequar a essa nova colheita.
Ele ainda mencionou que já para este ano de 2014, os produtores da região terão de trabalhar sem queima. “Já chegamos a marca de 50% sem queima. E isso foi um avanço bem significativo para região. O ideal é que pudéssemos trabalhar sem queimar nada, mas essa realidade ainda é um pouco distante de nós, principalmente por causa dos pequenos produtores que não tem recursos para trabalhar sem essa alternativa”, comentou.
A audiência foi convocada pelo procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira, responsável pelo procedimento que investiga possíveis danos à atmosfera, incidência de doenças cardiovasculares e respiratórias, além de prejuízos ao ecossistema e ao solo, como consequência da queima de cana no Norte Fluminense.
O MPF considera que a preservação do meio ambiente é de interesse social e realiza a audiência pública para permitir o debate, o acesso à informação e a participação de todo e qualquer cidadão e das sociedades organizadas.
Dentre os convidados para a audiência, estão representantes do Ministério Público do Trabalho no município de Campos, do Ibama, do Ministério do Trabalho e Emprego, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), do Hospital Ferreira Machado (HFM), da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) e da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan).



Fonte: URURAU/ASCO
M

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