Onda de assaltos a estabelecimentos é tema de discussão na CDL
Carlos Grevi/Vagner Basilio/Mauro de Souza
Autoridades e comerciantes discutiram formas de ampliar sensação de segurança
A série de assaltos a estabelecimentos comerciais que parece ter se instalado, mesmo que temporariamente, em Campos, tem preocupado não somente a população, mas principalmente os comerciantes e dado bastante trabalho às polícias Civil e Militar.
Os números não são conclusivos, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública, 30 casos foram registrados nos três primeiros meses do ano, na área da 134ª DP (Centro) e 146ª DP (Guarus). Já de acordo com informações do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), foram registradas 26 ocorrências em toda a área de cobertura, que se estende pelos municípios de Campos, São Fidélis, São Francisco e São João da Barra.
As instituições de segurança ainda têm os meses de abril e maio em aberto, mas em busca rápida nos arquivos do Site Ururau, lançando a palavra “assalto” é possível contabilizar 24 casos nos dois últimos meses, somente em Campos e nas áreas das duas delegacias.
Na tentativa de solucionar ou minimizar o problema, foi realizada na manhã desta terça-feira (28/05), na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Campos uma reunião entre os representantes das forças de segurança e do comércio do município. Estiveram presentes o delegado titular da 134ª Delegacia Legal (Centro), Dr. Geraldo Assed, o comandante do 8º BPM e o sub comandante, tenente coronel Joney Sandenberg e Major Sérgio Moura, além do vice presidente da CDL, Roberto Escudini e o Presidente dos Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa (Carjopa), Eduardo Chacur.
Em entrevista ao Site Ururau o subcomandante do 8º BPM, Major Sérgio Moura disse que o trabalho integrado com a Polícia Civil tem sido essencial na elucidação desses crimes que dependem de investigação, como ocorreu no caso do assalto à loja de celulares no Centro Comercial de Guarus, em que o bandido foi preso dois dias após o crime, depois de análise das imagens das câmeras de segurança.
“Acreditamos que o trabalho que está sendo desenvolvido, não é mérito apenas da Polícia Militar, é mérito também da Polícia Civil, com investigação. A gente logicamente tem nosso serviço de inteligência, mas ele não faz investigação, faz um levantamento que nos permite aplicar melhor o policiamento no campo. Mas, a gente aproveita esses levantamentos e na troca de informações com a Polícia Civil, para justamente orientar as investigações e a autoridade policial também solicitar mandado, por que é difícil a gente conseguir prender em flagrante. Essa união de forças tem contribuído pra gente conseguir esse resultado”, revelou Moura.
O delegado também ressaltou a importância do trabalho integrado com a Polícia Militar. “Temos trabalhado junto com a Polícia Militar e graças a isso grande parte desses casos tem sido solucionados, mas tudo depende de investigação. Todos os procedimentos estão sendo enviados à justiça para as medidas necessárias”, revelou o delegado que ressaltou ainda que o número de ocorrências de assaltos a estabelecimentos comerciais na área da 134ª DP não sofreram grandes alterações com relação ao ano passado.
O Major Sérgio Moura, ressaltou ainda que todo o trabalho da PM requer tempo para que se notem os resultados, já que os bandidos alteram seu raio de ação de acordo com o patrulhamento nos locais.
“Quando a Policia Militar intensifica as operações em determinada área, o crime tende a migrar para outras, por que o criminoso quer facilidade, então se ele sabe que em determinada área tá havendo saturação de policiamento ou operações, ele percebe que e migra. A Polícia Militar tem procurado fazer o seu papel, com maior ostensividade, operações conjuntas com a Polícia Civil, mas, na verdade a PM atua na consequência, quando a gente conseguir trabalhar nas causas, e é uma coisa que não é em curto prazo, com certeza no futuro, a gente vai ter uma sociedade melhor.
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