Mais um capítulo na briga entre os irmãos Nahim e Garotinho
Ururau / Arquivo
Presidente da Câmara comparou o deputado federal com o falecido ditador chileno Augusto Pinochet
Em mais um episódio de uma guerra declarada, nesta terça-feira (29/05), a sessão da Câmara de Campos ficou marcada pelas afirmações do presidente da Casa, vereador Nelson Nahim (PPL), em relação ao seu irmão e deputado federal Anthony Garotinho (PR). Chamado de ‘inimigo’ pelo irmão durante o programa ‘Entrevista Coletiva’ da Rádio Diário no último sábado (26/05), Nahim rechaçou a declaração de Garotinho e o comparou com o já falecido ditador chileno Augusto Pinochet ao afirmar que seu irmão poderá tentar derrubá-lo da presidência da Câmara.
Observado pelos vereadores da bancada governista na plenária, Nahim foi enfático ao dizer que, logo depois do afastamento da prefeita Rosinha Garotinho (PR) e de ter assumido a prefeitura interinamente, teria havido uma movimentação de Garotinho para destituir Rogério Matoso (PPS) da presidência da Câmara e que algo parecido poderia estar sendo articulado contra ele agora também. Além disso, Nelson Nahim fez duras críticas a ONG de seu irmão.
“Dizer que os que estão comigo são inimigos. Isso aqui é ditadura? Vamos ter aula com Pinochet? Se não votar em alguém vira inimigo? Eu disse o que a cidade inteira já sabe: quem governa Campos é o deputado Garotinho, meu irmão. Existe uma ONG aqui na cidade que paga para as pessoas frequentarem curso político com remuneração e existem listas de pessoas de Santo Eduardo ao Farol de São Thomé que recebem por esta ONG. Quando assumi em 2010, fui chamado para ir ao PR e o objetivo de Garotinho era destituir o vice Rogério Matoso. Hoje já estou ouvindo que tem gente querendo fazer algo do tipo. Não duvido, porque ele já tentou fazer isso com Matoso naquela época”, disparou Nahim.
O presidente da Câmara voltou a citar o PTB, como fez no dia 23/05, ao criticar o presidente municipal do partido, vereador Edson Batista (PTB), chamando-o de ‘vassalo’, que é um adjetivo usado para significar um indivíduo ligado a um soberano por juramento de fé que age de forma submissa.
“Sou presidente do PPL. Não preciso procurar ninguém para ter partido. Quero dizer ao vereador Edson Batista que ele continua sendo o mesmo vassalo de sempre. Bacellar o chamou de capacho várias vezes com o dedo em riste. Não sou inimigo, mas não sou capacho de ninguém. O vereador Edson Batista foi dizer que eu estou com dificuldade na minha nominata. Quem é ele para dizer isso? O vereador Edson Batista é ruim de voto”, ironizou Nahim.
GAROTINHO CONTRA ATACA NA RÁDIONo último sábado (26/05), Garotinho declarou no programa ‘Entrevista Coletiva’, da Rádio Diário, que ‘quem estivesse com Nahim está contra seu grupo’. A declaração veio dias depois do presidente do legislativo declarar que Garotinho governa a Prefeitura de Campos. Ainda no programa, Garotinho tratou de reforçar de que cuida da parte política e das articulações com os vereadores.
CRÍTICAS ATRAVÉS DE PRONUNCIAMENTOS NO LEGISLATIVONa sessão da última quarta-feira (23/05), Nahim, através de um pronunciamento, acusou o irmão de ser o responsável de governar o município no lugar da atual prefeita e cunhada Rosinha Garotinho (PR). Além disso, o presidente da Casa anunciou oficialmente que o PPL, partido que preside na cidade, não caminharia com o governo e encerrou o assunto.
BATE BOCA AO VIVO NA RÁDIO EM 2011No dia 08 de outubro de 2011, durante o mesmo programa ‘Entrevista Coletiva’ na Rádio Diário, os dois irmãos travaram uma discussão furiosa ao vivo. Mesmo sem ter sido convidado, Nahim compareceu ao estúdio e, desta forma, Garotinho anunciou a chegada do irmão, lhe concedeu a palavra e levantou-se, abandonando o estúdio. Nahim questionou a ausência do irmão e declarou que gostaria de debater com o irmão. Na ocasião, Garotinho declarou que Nahim sofria da ‘síndrome da traição e da inveja’, e que durante as eleições para o Governo do Estado, Nahim foi aos microfones de rádio criticá-lo.
Sem condições de prosseguimento, o programa foi interrompido pelo apresentador Carlos Cunha.
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