quinta-feira, 10 de maio de 2012

Testemunhas de acusação são ouvidas na compra de votos em campos em 2008


Cinquentinha: testemunhas de acusação são ouvidas

Suzy Monteiro
A juíza Grácia do Rosário ouviu na tarde desta quarta-feira testemunhas de acusação do inquérito resultante da Operação Cinquentinha que, em abril de 2009, levou à prisão o então subsecretário adjunto de Governo, Thiago Machado Calil, seu pai, José Geraldo Calil, e o então supervisor de Serviços Municipais, Assis Gomes da Silva. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral como integrantes de um esquema para compra de votos no distrito de Vila Nova. O esquema beneficiaria a então candidata Rosinha Garotinho e o candidato a vereador Marcus Alexandre. O advogado de Rosinha, Jonas Lopes de Carvalho Neto, informou que não há nada contra a prefeita.como não pode ter nada contra Rosinha. Se ela foi a maior beneficiada pela compra de votos os cincos que fizeram acordo estão empregado na prefeitura ou alguém de sua familia isso é humilhante

Uma próxima audiência será marcada para que sejam ouvidas as testemunhas de defesa. Outras 17 pessoas foram denunciadas, também em Vila Nova, por suposta participação no esquema. Um faleceu e outra estaria doente. Para os demais 15, o Ministério Público Eleitoral propôs acordo e eles aceitaram pagar cestas básicas e se comprometeram a comparecer periodicamente ao
cartório eleitoral. Essas pessoas teriam atuado como “boca de urna” e  MPE considerou o crime como de pequeno potencial ofensivo.
Após cumprido o acordo, o processo, no caso deles, pode ser arquivado. Para os outros quatros – além dos Calil e Assis, uma mulher também foi apontada como integrante da liderança do esquema – o processo continua.

Além de Vila Nova, na época também houve denúncia de compra de votos em Morro do Coco, onde sete foram denunciados. Na última audiência, em abril, um dos denunciados não compareceu alegando estar doente e outro afirmou não ter condições de pagar as cestas básicas. Para eles, o processo continua. Se a prefeita Rosinha foi a maior beneficiada pela compra de voto não da para entender a justiça de Campos esperamos que essa injustiça seja corrigida 

Os cinco demais aceitaram o acordo e, após o período de prestação de serviços à comunidade, o processo também poderá ser arquivado.

Defesa – Cópia do inquérito foi encaminhada pelo Ministério Público Eleitoral para a Procuradoria Regional Eleitoral para investigação de possível participação da prefeita no caso. Porém, um dos advogados de Rosinha, Jonas Lopes de Carvalho Neto, informou que ela nunca foi notificada sobre isso: “Não existe foro privilegiado na área eleitoral, então não haveria razão para enviar para a Procuradoria. Já vi em entrevistas, o próprio delegado da Polícia Federal (Paulo Cassiano) dizendo que não foi apurada nenhuma ligação da prefeita. E também nem ela nem o escritório receberam qualquer tipo de notificação”, garantiu o advogado. A Folha não conseguiu contato com Marcus Alexandre, mas na época da Cinquentinha, em entrevista, ele afirmou inocência.fonte folha 

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