A prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (PTN), tomou posse neste domingo (01), ao lado do vice-prefeito Marcelo Batista (PMDB) e dos nove vereadores. Antes da posse que aconteceu no Centro Cultural de Machadinha, os eleitos, futuros secretários e populares assistiram a uma missa na igreja matriz da cidade.
Fátima Pacheco, que é assistente social e foi vereadora em vários mandatos, obteve 6.679 votos; o segundo colocado, Armando Carneiro, ficou com 5.098 votos.
Fátima herdará um município bem diferente da Quissamã de 10 anos atrás, quando chegou a ter o segundo maior orçamento per capta do Brasil.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa, a prefeita seu vice e membros do futuro governo explicaram a penúria que a cidade deve enfrentar nos próximos anos.
Em 2017, a arrecadação prevista é de R$ 160 milhões, o menor orçamento desde quando a cidade começou a receber royalties do petróleo.
Todavia, as despesas chegarão próximo a R$ 200 milhões, contabilizando um défict de aproximadamente R$ 40 milhões só com dívidas com o INSS.
A prefeita relatou que os governos anteriores (Armando Carneiro, Octávio Carneito e Nilton Pinto) deixaram um “rombo” de R$ 80 milhões nas contas públicas.
“Só com a Previdência Social, a cidade deve aproximadamente R$ 40 milhões, fora dívidas com concessionárias, como a Ampla e fornecedores da prefeitura. Vamos ter que fazer um grande esforço para repactuar, renegociar e pagar estas dívidas. Fora isso, também haverá a dificuldade de governar uma cidade que, em 2017 vai arrecadar menos do que vai precisar gastar”, explicou.
O quadro social em que vive a cidade também preocupa a prefeita. “Sou assistente social, concursada em Quissamã há 16 anos. E nunca vi antes uma situação de tanta miséria na cidade. As pessoas não têm emprego, estamos perdendo nossos jovens para a violência. Precisamos fazer algo para reverter este quadro e a população voltar a sorrir”, disse.
PRIORIDADES – Fátima também demonstrou preocupação com o transporte de passageiros e de estudantes.
“Há alunos do IFF trancando a matrícula e pessoas perdendo o emprego porque não conseguem transporte, ou porque ele é caro demais”, explicou.
A prefeita também acrescentou que tem planos de regulamentar e padronizar o transporte alternativo na cidade, ligando a sede aos distritos e aos bairros mais distante com preço justo e acessível à toda a população.
SANEAMENTO – Outra prioridade do governo novo é em relação ao saneamento. A prefeita e seu vice foram a Brasília, onde conseguiram verbas, no valor de R$ 8 milhões para obras no município. Ela destaca que a articulação com os entes federados (estado e União) vai continuar para garantir verbas para cidade crescer.
Da Redação
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