segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Investigação sobre corrupção na PM do RJ é estendida para mais batalhões


Promotor diz que há muita informação sobre o caso do 17º BPM a ser apurada.
Delação premiada de um PM ajudam a desvendar a organização criminosa.

Do G1 Rio
Depois da prisão de 16 pessoas numa operação que desmontou um grupo de policiais do 17º BPM (Ilha do Governador) suspeitos de extorquir dinheiro de traficantes da Ilha do Governador, promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), da Promotoria da Auditoria Militar e agentes Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, investigam outros batalhões do estado.
De acordo com o promotor Alexander Araújo de Souza, informações que já estão sendo apuradas há muito tempo dão conta de que o esquema de corrupção e pagamento de propina ocorrem não só no 17º BPM. Outros batalhões receberiam ilegalmente pagamentos de propina para não reprimir o tráfico, não reprimir o transporte alternativo ilegal e achacar comerciantes.
“Além das informações já recebidas, contamos com a delação premiada de um dos policiais militares envolvidos no esquema do 17º BPM, que decidiu colaborar. Isso possibilitou que se pudesse desvendar toda a organização criminosa que existia ali, da cúpula ao escalão mais baixo”, disse o promotor, acrescentando que imagens das câmeras de segurança e das patrulhas possibilitaram, por exemplo, descobrir o desvio de fuzis que não foram apresentados e traficantes ilegalmente liberados.
Segundo o promotor, essas informações vão permitir que se chegue a outros policiais envolvidos e outras formas de corrupção que podem estar sendo praticadas dentro dos batalhões.
“É inadmissível o que está acontecendo atualmente. Tudo isso está sendo investigado a fundo”, disse o promotor.

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